O metaverso, conceito sem uma definição única, mas que reúne várias tecnologias e experiências, entre elas VR, AR e games, terá um salto nas receitas que movimentará até 2025. No entanto, ele ainda representa um grane desafio para se concretizar. De acordo com a pesquisa “Geração Z pelas lentes latinas”, realizada pelo Grupo Consumoteca, empresa de pesquisa e inovação, com dois mil jovens da Argentina, Colômbia, Brasil e México, entre 17 e 24 anos e pertencentes às classes A, B e C, o metaverso ainda não é uma realidade tão próxima.
O levantamento mostra que apesar de ser um tema que está em voga, 58% dos brasileiros já ouviram falar sobre metaverso. Nos outros países latinos, essa porcentagem é ainda menor, sendo 38% na Argentina, 41% na Colômbia e 45% no México. Mesmo entre os que já estão inteirados sobre esse universo virtual, ainda não imaginam o que essa tecnologia trará de impacto nos próximos cinco anos. Vinte oito por cento dos argentinos não acreditam que serão impactados pelo metaverso. Isso acontece também com 21% dos colombianos e mexicanos. Já no Brasil, apenas 19% têm essa mesma percepção. Para 7% dos colombianos e mexicanos, essa tecnologia não impactará em nada, sendo assim também para 11% dos argentinos e 8% dos brasileiros.
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Entretanto, 45% dos jovens mexicanos acreditam que o metaverso impactará em partes, 40% dos colombianos têm a mesma percepção e na sequência vem a Argentina (36%) e o Brasil (35%). Na verdade, os brasileiros são os que mais acreditam nos impactos que o metaverso pode trazer (31%). Na sequência estão Colômbia (25%), México (23%) e Argentina (20%). “Isso acontece por vários motivos. Um deles é porque fica difícil abraçar a narrativa de que o metaverso será um agente de disrupção, já que o acesso de internet de qualidade ainda é uma questão”, explica Marina Roale, head de insights do Grupo Consumoteca.
Na pesquisa, 78% dos brasileiros avaliam bem o próprio acesso domiciliar de internet, enquanto 69% dos argentinos, 67% dos colombianos e 70% dos mexicanos acham o mesmo. Fora isso, os equipamentos tecnológicos que são necessários para “viver” nesse universo virtual ainda não são tão acessíveis assim. Apenas 6% dos mexicanos e brasileiros e 5% dos argentinos e colombianos têm óculos de realidade virtual.
“Embora o metaverso seja uma aposta frequente das marcas e presença certa nos reports de inovação, há um gap entre especulação e realidade. Mesmo quando falamos com jovens nativos digitais, fica claro que, apesar de abraçarem bem as promessas digitais, ainda possuem barreiras de estrutura. Não há clareza da proposta de valor do metaverso. Onde ele melhora a vida? Para além do universo dos games, eles não conseguem avançar muito nesse imaginário”, finaliza Marina.
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