O Brasil exportou 1,26 milhão de toneladas de milho no acumulado de duas semanas deste mês, superando o volume de 768,4 mil toneladas embarcado no total de fevereiro do ano passado, mostraram dados do governo federal hoje (13), em momento de firme demanda da China.
A média diária de exportações do cereal alcançou 158,2 mil toneladas até a segunda semana de fevereiro, um salto em relação ao volume de 40,4 mil por dia do mesmo mês completo de 2022, informou a Secex (Secretaria de Comércio Exterior).
Os embarques de milho contam com estoques maiores remanescentes de uma colheita cheia na segunda safra do ano passado e uma demanda adicional da China, que passou a adquirir grandes volumes desde que abriu seu mercado para o cereal do Brasil, no fim de 2022.
O país asiático se tornou o principal destino das exportações de milho do Brasil em janeiro em volume, superando importadores tradicionais como Japão, Irã e Espanha, conforme dados do governo revisados na última semana, com quase 1 milhão de toneladas adquiridas em um mês.
Neste novo cenário, os exportadores brasileiros devem enviar 50 milhões de toneladas de milho ao mercado internacional no ano-safra 2022/23 (outubro/setembro), versus 48,9 milhões de toneladas do principal concorrente Estados Unidos, assumindo a liderança de embarques do cereal no mundo, conforme projeção do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
Já as vendas externas de soja seguiram no caminho inverso até o momento de 2023. O maior produtor e exportador global da oleaginosa embarcou média diária de 162,6 mil toneladas até a segunda semana deste mês, contra 330 mil toneladas por dia em fevereiro do ano passado, em meio a uma colheita mais lenta da safra de verão.
A consultoria AgRural disse hoje (13) que a colheita atingiu 17% da área plantada em 2022/23, ainda atrás dos 24% de um ano antes apesar de uma arrancada nos trabalhos de Mato Grosso e intervalos mais longos de tempo firme.
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