Investidores da Meta pediram a um tribunal de apelações dos Estados Unidos para reabrir uma proposta de ação coletiva acusando a dona do Facebook de ocultar uma violação de privacidade que permitiu que uma empresa de consultoria política coletasse informações pessoais dos usuários.
O pedido veio na quarta-feira (9) perante o Tribunal de Apelações do 9º Circuito dos Estados Unidos, em São Francisco, sobre o escândalo Cambridge Analytica, onde dados de até 87 milhões de usuários foram acessados.
Os investidores alegaram que o Facebook os enganou em 2016 ao descrever as violações de dados como um mero risco, quando sabia que Cambridge havia acessado dados do usuário.
Os investidores disseram que sofreram perdas em julho de 2018, quando as ações do Facebook caíram, depois que a empresa disse que o crescimento do usuário desacelerou uma vez que a magnitude da violação se tornou pública.
O juiz distrital Edward Davila decidiu em 2020 que as declarações do Facebook não eram falsas porque o uso de dados de Cambridge estava no noticiário em 2015.
Na audiência de quarta-feira (8), o advogado dos investidores, Tom Goldstein, disse a um painel de juízes que a decisão de Davila deve ser revertida porque o Facebook minimizou as notícias e não tomou medidas drásticas.
O advogado da Meta, Joshua Lipshutz, respondeu que a empresa havia divulgado adequadamente que ataques cibernéticos ocorreram e ocorrerão no futuro.
Mas os juízes Margaret McKeown e Jay Bybee pareciam céticos, chamando essas divulgações de padrão e sugerindo que elas podem não ser significativas para os investidores.
O Facebook pagou mais de US$ 5 bilhões em multas às autoridades norte-americanas por causa da Cambridge Analytica.
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