“Quero um futuro melhor pro meu filho, então eu vou trabalhar para caramba ainda”, afirma Pathy Dejesus sobre o filho Rakim, de quatro anos, ser uma motivação para seu trabalho. A atriz, DJ e ex-modelo estrelou produções como “Coisa Mais Linda”, série da Netflix, e a novela da Globo “Um Lugar ao Sol”. Também foi pioneira no ramo da moda como a primeira modelo negra a desfilar na São Paulo Fashion Week.
De uma família da periferia e com poucas referências de sucesso, se tornar modelo não foi uma decisão fácil para a menina de 17 anos e sua família quando Pathy foi descoberta pelo produtor de uma agência de modelos. Desde que fez seu primeiro trabalho em 1994 até sair das passarelas em 2005, trabalhou para grifes importantes, como Versace e Valentino.
Quando a carreira de modelo estava consolidada, foi estudar marketing com o objetivo de unir as duas carreiras. No meio do caminho, percebeu que podia atuar e, antes de pegar o diploma, foi aprovada para participar da novela “Caminhos do Coração”, da Record, e fez papéis em produções do SBT e da Globo.
“Eu fazia uma uma garota de programa, a Nicole, e a personalidade dela tem muito da Pathy Dejesus, em relação a ser mais escrachada, mais pé no chão, da periferia mesmo e de não deixar as coisas quietas – ela é muito Patrícia adolescente”, diz. Nicole foi estrelada pela atriz na série “Rua Augusta”, da TNT.
A carreira de DJ surgiu na mesma época da atuação. Bisneta do fundador da escola de samba Camisa Verde e Branca, de São Paulo, e com familiares que tocavam em bailes black dos anos 70, a atriz cresceu nesses ambientes musicais. “Nunca deixaria de atuar para discotecar. Isso não está relacionado com largar algo ou deixar de fazer, porque quando não estou atuando estou discotecando”, afirma a atriz e DJ sobre a dificuldade das pessoas reconhecerem sua carreira múltipla.
Responsabilidade financeira é essencial para carreira
Desde que se tornou mãe de Rakim, Pathy tem gerido sua carreira de maneira estratégica para colocar seu filho como prioridade, seja narealização de projetos criativos ou seja na questão financeira. Por influência da formação em publicidade, pensa na mensagem que quer passar, que projetos aceitar, que campanhas fazer ou onde discotecar, por exemplo. “A gestão das finanças, para mim, não é só saber como aplicar seu dinheiro, mas também como se manter vivo dentro do que você se propôs a fazer e como acompanhar as mudanças.”
Com a perda de seu companheiro – DJ Primo – precocemente em 2008, Pathy tem estudado como fazer seu dinheiro render cada vez mais nesses últimos anos. Com a perspectiva de que ainda está na metade da sua vida aos 45 anos, a atriz e DJ tem focado em fazer planos de médio a longo prazo e tem sido “um rolo compressor” – expressão que ela mesmo usa – em relação a gerir suas finanças.
Assim, pretende dar conta de sonhos simples, como proporcionar um futuro melhor para o filho. “A vida é bem generosa comigo e eu só tento fazer jus a isso surfando cada onda que tiver oportunidade.”
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