Camisinha, vacina e mais: 5 mitos e verdades sobre o câncer por HPV

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O câncer por HPV, causado pelo vírus papilomavírus humano, é uma infecção muito comum e transitória, que pode atingir diversas regiões do corpo, como o colo do útero, vagina, vulva, ânus, orofaringe e boca. 

Por isso, a vacinação contra o HPV, antes de iniciar a vida sexual, é fundamental para evitar complicações futuras. O câncer de colo do útero é, talvez, o maior exemplo de tumor que pode ser evitado dessa maneira.

“O câncer do colo do útero é o terceiro tipo de câncer que mais afeta as mulheres no Brasil, em algumas regiões chega a ser o segundo. O exame papanicolau, por exemplo, é uma maneira de identificar as lesões pré-malignas antecipadamente. O diagnóstico precoce é fundamental para que possamos agir o mais rápido possível para evitar o diagnóstico em estágios mais avançados”, comenta a oncologista, Dra. Larissa Gomes.

Dessa maneira, com a ajuda da especialista, separamos 5 mitos e verdades sobre o câncer por HPV e os efeitos que ele pode causar no colo do útero. Confira:

Qualquer mulher ativa sexualmente pode ter HPV

Verdade. Toda mulher que tiver relações sexuais pode ser exposta ao vírus, conforme esclarece a médica. “Apesar do HPV ser autolimitado – no qual a infecção é resolvida até os 30 anos – é estimado que oito em cada 10 mulheres tenham contato com o vírus alguma vez na vida. Porém, a grande maioria consegue combater a infecção sem desenvolver uma doença ou lesão”, afirma. 

Câncer do colo do útero não tem prevenção

Mito. Segundo a Dra. Larissa, o câncer do colo do útero pode ser prevenido de duas formas. “O câncer do colo do útero é uma doença que pode ser prevenida através do rastreamento e diagnóstico precoce. Ou através da vacinação contra o papilomavírus humano – HPV, protegendo, assim, contra os seus subtipos de alto risco”, explica.

Toda mulher com HPV terá câncer do colo de útero

Mito. Como o HPV promove uma infecção autolimitada, menos de 10% das mulheres desenvolvem de fato o câncer do colo do útero. “Aquelas pacientes que apresentam algum grau de comprometimento de sua imunidade como, por exemplo, portadoras do HIV, transplantadas ou sob tratamento que afetam a sua defesa, podem facilitar a reprodução do vírus. Por isso, mais uma vez, a vacinação contra o HPV se faz essencial”, alerta a médica. 

Preservativos impedem a transmissão do HPV

Mito. O uso da camisinha consegue proteger em até 70% o contágio do HPV. Além disso, o vírus pode ser transmitido através de outras regiões das genitálias, uma vez que também estão expostas durante a relação sexual. 

“Vale ressaltar que o uso de preservativos pode evitar outras doenças sexualmente transmissíveis, por isso, seu uso é fundamental. Vale frisar que a vacinação contra o HPV é capaz de proteger contra lesões pré-malignas e neoplasias de colo uterino, vulva, vagina, ânus, cabeça e pescoço”, lembra a oncologista.

Quem toma a vacina contra o HPV não precisa usar camisinha

Mito. A vacina contra o HPV não protege contra os mais de 150 subtipos do vírus, porém previne contra os tipos 16 e 18, que causam mais de 70% dos casos de câncer do colo do útero. “Assim, é fundamental utilizar preservativos para evitar não só o HPV, mas também outras doenças sexualmente transmissíveis, além da realização periódica de exames preventivos”, finaliza a Dra. Gomes.

Fontes: Saúde em Dia; Dra. Larissa Gomes, oncologista da Oncoclínicas São Paulo.

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