Koppert usa Rabobank para captar FIDC de R$ 200 milhões

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Gustavo Herrmann, diretor comercial da Koppert Brasil

O mercado de insumos biológicos começou 2023 aquecido e com empresas se movimentando. A Koppert Biological Systems, empresa de produtos biológicos, anunciou hoje (24), uma operação de FIDC (Fundo de Investimento em Direitos Creditórios) para captar R$ 200 milhões no mercado, coordenado pelo Rabobank, o banco holandês que tem foco no agro, e gestora a Makalu Partners, que tem em seu portfólio  cerca de US$ 15 bilhões em assessoramento de transações.

Os recursos servirão à Koppert para alavancar o projeto de ampliação de sua estrutura na América do Sul. No final do ano passado, a empresa anunciou para os próximos três anos investimentos de R$ 700 milhões destinados aos mercados da Argentina, Paraguai e Uruguai, além de Brasil. Ainda sem dados financeiros fechados para 2022, a estimativa é que a receita chegue a R$ 800 milhões em faturamento, o dobro de 2021.

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“Acreditamos que com as ampliações elevaremos nossa participação de mercado para a casa dos 25%, considerando o potencial total industrial mais o potencial total on farm, ou de 33%, considerando somente o industrial”, afirma Gustavo Herrmann, diretor comercial da Koppert Brasil e principal executivo no país. Os FIDCs são fundos que destinam parte do patrimônio líquido para aplicação em direitos creditórios. Hoje, esse tipo de instrumento é um dos principais pilares de securitização do mercado de capitais no país.

“Quando trabalhamos com produtores rurais, os prazos de pagamento são muito longos, chegando a até 210 dias, pois recebemos ao final de cada safra”, diz Marilia Forchetti Matheus, gerente financeira da empresa. “Porém, nesse período precisamos de caixa para a produção e entrega dos insumos, por isso optamos pela antecipação dos recebíveis.” Os recursos serão utilizados para capital de giro da companhia, como uma operação off-balance.

Jonas Gratzer_Guettyimages

Insumos biológicos tem um mercado crescente no Brasil

A Koppert possui fábricas de bioinsumos nos municípios paulista de Piracicaba, para microbiológicos, e em Charqueada para macrobiológicos e formulações. No caso do Rabobank, o envolvimento da instituição é internacional. Na Holanda, as parcerias com a Koppert acontecem há cerca de 50 anos. Na operação brasileira, o banco atuou não somente como coordenador líder, como também é investidor sênior da operação. “A operação contribuirá com o crescimento da Koppert no mercado de defensivos biológicos, que está em rápida expansão no país”, diz Adner Felippe, gerente de operações estruturadas do banco.

A primeira operação com o banco foi concluída ainda em 2022 com chamada de capital de R$ 100 milhões. “O restante será oferecido conforme os recebíveis forem sendo disponibilizados, com expectativa de chegar aos R$ 200 milhões já no primeiro trimestre de 2023”, afirma Marília. O mercado global de insumos biológicos deve movimentar US$ 18,5 bilhões até 2026, segundo a empresa de pesquisa de mercado Research and Markets. A atual taxa de crescimento estimada é da ordem de quase 12%.

No Brasil, uma pesquisa encomendada pela CropLife, associação que reúne empresas do setor de químicos e biológicos, há cerca de três anos  dava como estimativa um mercado de R$ 3,7 bilhões até 2030. Mas a estimativa foi atropelada. “Fechamos a safra 2021/22 com um valor de mercado no Brasil de R$ 3,3 bilhões segundo pesquisa da S&P Global, com expectativa de crescimento de 35% para a safras 2022/23”, diz Hermann. Para ele, os produtos biológicos estão ganhando escala justamente pela capacidade da indústria do setor em responde rapidamente a demanda do produtor. No caso da Koppert “sem se preocupar com a volatilidade do dólar por se tratar de uma indústria nacional e que usa matéria-prima nacional para a formulação de seus produtos”.

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