O grupo dos grandes bancos brasileiros, que inclui nomes como Bradesco (BBDC4), Banco do Brasil (BBAS3), BTG Pactual (BPAC11), Itaú Unibanco (ITUB4) e Santander (SANB11), perdeu R$ 36,8 bilhões em valor de mercado desde o estouro da dívida da varejista Americanas (AMER3), na semana passada.
De acordo com os dados compilados pelo TradeMap, o BTG foi o maior prejudicado da história, perdendo R$ 12,7 bilhões no período. O Santander registrou perdas de R$ 8,7 bilhões e o Itaú viu seu valor cair em R$ 7,4 bilhões.
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Desta forma, André Esteves, fundador, chairman e sênior partner do BTG Pactual, perdeu US$ 192 milhões (R$ 986,8 milhões) de sua fortuna ontem (17), com a queda de mais de 4% das ações do banco. Os herdeiros do Itaú, Pedro, Fernando, João e Walther Moreira Salles, perderam US$ 9 milhões cada (R$ 46,2 milhões).
A queda nas fortunas vista ontem foi motivada por uma decisão tomada pela Justiça na última sexta-feira (13), que protege a Americanas por 30 dias contra o vencimento antecipado de dívidas. Durante o prazo, a varejista poderá tentar obter um acordo com credores ou pedir uma recuperação judicial.
Apesar de parecer positiva para a varejista, a notícia não animou os credores da companhia. Com a insatisfação, o BTG entrou na Justiça para tentar reverter a liminar e receber o seu dinheiro investido na companhia.
Na visão do banco, os acionistas de referência da Americanas, Jorge Paulo Lemann, Marcel Herrmann Telles e Carlos Alberto Sicupira, deveriam desembolsar algo entre R$ 10 bilhões e R$ 15 bilhões para pagar as dívidas da companhia com os bancos.
Na petição, os advogados do BTG argumentam que o trio de sócios têm R$ 180 bilhões em patrimônio, valor que é suficiente para garantir as obrigações e preservar a atividade econômica. Agora resta esperar pelas cenas dos próximos capítulos.
O post Bancos perdem R$ 36,8 bilhões em valor de mercado com dívida da Americanas apareceu primeiro em Forbes Brasil.