“Inconsistências” de R$ 20 bi fazem Sergio Rial deixar Americanas

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Sergio Rial, ex-Santander, assumiu como presidente da Americanas no dia 2

A Americanas informou hoje (11) que encontrou numa análise preliminar o que chamou de “inconsistências contábeis” da ordem de R$ 20 bilhões ligadas à conta de fornecedores e que o presidente-executivo, Sergio Rial, decidiu deixar a companhia.

O grupo afirmou que, apesar de não conseguir determinar todos os impactos no balanço da empresa “neste momento”, acredita “o efeito caixa dessas inconsistências seja imaterial”.

Como referência, o atual valor de mercado da Americanas é de cerca de R$ 11 bilhões.

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Rial, que havia assumido no último dia 2 como presidente-executivo da companhia, um dos maiores grupos varejistas da América Latina, será substituído interinamente por João Guerra, vindo das áreas de tecnologia da Americanas e “não envolvido anteriormente na gestão contábil ou financeira”.

A Americanas afirmou que a decisão de Rial de sair da empresa ocorreu por conta da “consequente alteração de prioridades da administração” e que ele continuará como assessor dos acionistas de referência, os bilionários Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles.

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As inconsistências foram detectadas em lançamentos contábeis redutores da conta de fornecedores em anos anteriores, incluindo 2022, e a cifra de 20 bilhões de reais refere-se à data-base de 30 de setembro passado, afirmou a Americanas no fato relevante.

Segundo a empresa, dona de sites de varejo como Submarino e Americanas.com e da fintech Ame, a contabilidade identificou “operações de financiamento de compras em valores da mesma ordem acima, nas quais ela é devedora perante instituições financeiras e que não se encontram adequadamente refletidas na conta fornecedores nas demonstrações financeiras”.

O conselho de administração também determinou a criação de um grupo independente para apurar as circunstâncias que geraram os problemas na contabilidade.

A ação da Americanas, formada em 2021 com a união das lojas físicas do grupo com a operação online que estava sob a antiga B2W, acumulou em 2022 desvalorização de 68,7%, em linha com pares do mercado, como Magazine Luiza.

A companhia prevê divulgação de resultados de 2022 em 29 de março. Analistas, segundo dados da Refinitiv, esperam um lucro operacional medido pelo Ebitda de 2,9 bilhões de reais e receita líquida de 28,7 bilhões para o acumulado do ano passado.

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