IPCA sobe mais do que o esperado em 2022 e fecha com alta de 5,79%

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Foto: REUTERS/Stefan Wermuth

Inflação: IPCA acumulado nos 12 meses de 2022 ficou acima da meta do governo pelo segundo ano consecutivo

A inflação ao consumidor do Brasil fechou 2022 com alta acumulada de 5,79% e superou o teto da meta pelo segundo ano seguido, com um resultado acima do esperado, pressionado principalmente por alimentação.

O resultado do IPCA nos 12 meses até dezembro de 2022 ficou bem abaixo da taxa de 10,06% vista em 2021, mas superou a expectativa da pesquisa da Reuters de avanço de 5,60% e o teto do objetivo do governo, de 3,5% com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos (2,0% a 5,0%).

Em dezembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,62%, também além do esperado, de acordo com os dados do IBGE divulgados hoje (10).

As expectativas de analistas em pesquisa da Reuters eram de alta de 0,45% no mês, acumulando em 12 meses 5,60%.

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Com isso, o Banco Central (BC) terá que divulgar uma carta explicando ao governo os motivos de o objetivo não ter sido cumprido. Será a sétima carta desde a criação do sistema de metas para a inflação, em 1999.

Embora o aumento dos preços dê sinais de desaceleração — em novembro o IPCA subiu 0,41% e em 12 meses tinha alta de 5,9% — o presidente Luiz Inácio Lula da Silva inicia o seu terceiro mandato com preocupações sobre a inflação.

Completam o cenário um crescimento fraco e juros elevados, uma vez que o BC tirou a taxa básica Selic da mínima de 2% para os atuais 13,75%, o que foi classificado de situação anômala pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

A inflação no Brasil foi ponto de atenção ao longo do ano passado, levando o então governo de Jair Bolsonaro a articular com o Congresso medidas para contê-la, como a redução da alíquota de ICMS sobre combustíveis, energia e telecomunicações, além de corte de impostos federais.

Os impactos disso, no entanto, já se dissiparam e não estarão presentes em 2023, podendo haver efeito contrário, de pressão sobre os preços, se as desonerações forem revertidas.

Em 2022 o maior peso no bolso dos consumidores partiu da alta acumulada de 11,64% do grupo Alimentação e bebidas, seguido por avanço de 11,43% de Saúde e cuidados pessoais.

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