O C-Suite desta quinzena traz movimentações de cargos nas áreas de tecnologia, marketing e recursos humanos. A Mars Wrigley Brasil reforçou seu time com a chegada de sua nova CFO, Tatiana Hayashi. A plataforma de e-commerce Nuvemshop tem um novo head global de Product Marketing, o executivo Diego Miranda. A plataforma Fin4she, que conecta mulheres que buscam oportunidade no mercado financeiro, tem uma nova sócia e COO, a executiva Marcela Teixeira. E, no mercado de aviação, Alexandre Cavalcanti, diretor de vendas da American Airlines para o Brasil, foi escolhido para supervisionar também as operações comerciais da companhia aérea no Uruguai.
Nesta edição, C-Suite conversou com Erica Couto, nova vice-presidente de desenvolvimento de negócios da DHL. Couto assume a nova posição num período de forte crescimento da importância da logística no mercado, especialmente por conta da pandemia. A seguir, a executiva conta um pouco mais sobre essa missão de preparar o crescimento da companhia nos próximos anos.
Forbes: Você tem mais de 20 anos de experiência em vendas e negócios no mercado logístico. Qual a característica ou habilidade que você desenvolveu durante esse tempo que mais ajudou sua carreira?
EC: Lidar com pessoas. É uma habilidade que desenvolvi e ainda venho desenvolvendo, principalmente porque o perfil dos profissionais vem mudando ao longo dos anos. Quando comecei, o perfil das pessoas e dos compradores era diferente do perfil que interagimos hoje, especialmente sob o ponto de vista de tomada de decisão e orientação. Acredito que a quantidade de novas informações disponíveis que as pessoas do outro lado têm influenciou nessa mudança de comportamento. Precisamos ter uma escuta ativa maior para entender os problemas que aquela pessoa está enfrentando, ou o que ela busca de solução e atender a demanda do seu negócio. Por isso, lidar com pessoas, ter empatia e saber como você pode ser útil é uma das coisas que venho aprendendo ao longo dos anos.
F: E quais seriam as características do profissional que você busca contratar hoje?
EC: Acho que antes de falarmos em habilidades técnicas, avaliamos se os valores daquela pessoa estão alinhados com os valores da empresa. Entender o que ela busca. A gente busca pessoas que entreguem qualidade, que tenham abertura na comunicação, com foco muito claro em prioridades Porque hoje com essa quantidade de informações e atividades, a pessoa precisa estar muito concentrada no que é prioridade para entregar seu resultado… Com perfil até mesmo empreendedor e socialmente responsável.
F: Qual seu principal objetivo dentro da sua área na DHL hoje?
EC: Entender como conseguimos, através da logística e através da cadeia de suprimentos do cliente, fazer com que ele seja bem-sucedido. Porque o mercado está em transformação e consequentemente, os clientes estão nos procurando para transformar a cadeia de suprimentos, especialmente durante a pandemia. Então, entender como nosso papel de parceiro estratégico dos nossos clientes pode alavancar os seus negócios e fazer com que ele atenda seus clientes no tempo preciso é um desafio e também um objetivo.
F: O setor de logística, foi um dos que mais cresceu durante a pandemia, com o boom dos e-commerces e compras online… Como está a organização e os investimentos desse crescimento na DHL?
EC: A pandemia materializou um processo que já vínhamos desenvolvendo. A gente está transformando o modelo de fazer negócio, seja usando reconhecimento facial para que as informações sejam enviadas de forma rápida, até a pesquisa para saber sobre sintomas de covid. Então, essa fornada de digitalização veio muito forte nesse último ano. Além de tudo isso, o crescimento dos e-commerces fez com que a gente acelerasse o processo de contratação. Além dos investimentos na digitalização, investimos muito forte também na área de RH e de transportes.
F: Como é para você liderar uma área tradicionalmente ocupada por um público masculino?
EC: Na logística moderna, e conhecendo as nossas operações, vemos que esse cenário mudou muito do que era no passado. A DHL investe muito em diversidades, em papéis femininos na liderança, porque a mulher tem um outro jeito de olhar para os negócios. Precisamos reforçar aos nossos times sobre vieses inconscientes de ações que culturalmente ainda estão presentes quando se fala da mulher no mercado de trabalho, especialmente no papel de líder.
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