Audi abandonará carro a combustão a partir de 2033

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Foto: Divulgação

Produção do Audi e-tron GT na planta de Böllinger Höfe, na Alemanha

A Audi anunciou nesta quarta-feira (4) que, a partir de 2026, a marca das quatro argolas lançará apenas modelos totalmente elétricos no mercado global e eliminará gradualmente a produção de veículos a combustão até 2033.

Para isso, está construindo essa nova linha de produção global a partir das suas instalações já existentes. “Passo a passo, estamos trazendo todas as nossas plantas para o futuro”, afirma Gerd Walker, membro do board da companhia nos setores de Produção e Logística. “Estamos investindo em nossas plantas atuais de modo que elas sejam tão eficientes e flexíveis quanto uma fábrica construída do zero”.

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Segundo Walker, isto é sustentabilidade em ação nos aspectos económicos, ecológicos, e sociais. “O caminho que a Audi está trilhando conserva recursos e acelera a nossa transformação como fornecedores da mobilidade premium sustentável”, destaca.

O executivo quer flexibilizar o processo de manufatura para garantir o seu uso no longo prazo. Em conformidade com esse objetivo, a Audi desenvolveu sua estratégia global baseada em diversas perspectivas. Walker e sua equipe se concentraram nas seguintes questões: “O que é que a sociedade espera de nós? O que nossos clientes exigem? Quais as expectativas das partes interessadas, e o que os nossos colaboradores irão precisar no futuro?” Como resposta, a Audi criou a Fábrica 360, que representa a sua visão do futuro com foco em eficiência, sustentabilidade, flexibilidade e atratividade.

Um roteiro ambicioso em direção à eletromobilidade

Até o final desta década, a Audi garante que produzirá modelos totalmente elétricos em todas as suas fábricas globais. “Para atingir nosso objetivo, contamos com nossos funcionários altamente qualificados e faremos com que nossos colaboradores estejam aptos para o futuro até 2025com um orçamento de cerca de 500 milhões de euros para qualificação dos profissionais”, afirmou Walker.

Duas fábricas, em Böllinger Höfe e Bruxelas, já estão produzindo veículos totalmente eléctricos. A partir do próximo ano, o Audi Q6 e-tron será o primeiro modelo totalmente elétrico lançado na linha de produção de Ingolstadt, na Alemanha. A produção de veículos 100% elétricos iniciará gradualmente em Neckarsulm (Alemanha), San José Chiapa (México) e Györ (Hungria). Em 2029, todas as fábricas produzirão ao menos um veículo totalmente elétrico. Dependendo das condições locais, a produção dos modelos a combustão restantes será gradualmente eliminada até o início da próxima década.

Novas instalações só serão construídas onde for necessária capacidade adicional. Por exemplo, a Audi e sua parceira FAW estão atualmente construindo um local em Changchun (China) onde modelos EPI (Premium Platform Eletric) serão produzidos localmente. Com conjunto de construção para terminar no final de 2024, esta será a primeira fábrica de automóvel na China onde serão produzidos apenas modelos totalmente elétricos.

De acordo com a empresa, a eletrificação das fábricas é apenas uma parte da produção do futuro. “Vamos utilizar a transição para a eletromobilidade de modo a realizar grandes saltos de produtividade, inserindo as adaptações necessárias”, afirma Walker. Assim que estiver equipada para o futuro, a rede de produção da Audi vai passar a ser mais econômica, sustentável, atrativa e flexível. Serão quatro objetivos centrais.

Em primeiro lugar, a economia de recursos, e para isso a Audi quer reduzir os custos anuais das fábricas à metade até 2033. Para isso, a marca das quatro argolas planeja reduzir a complexidade dos veículos em aspectos que não beneficiam diretamente os clientes – para isso, o desenvolvimento de veículos levará um processo de produção racionalizado desde a primeira fase. A fabricante ainda continuará digitalizando a produção, por exemplo, com a solução de produção Edge Cloud 4 utilizando servidores locais. Isto tornará possível substituir PCs industriais de custos elevados, reduzindo os esforços do TI, tais como a implementação de softwares e alterações do sistema operativo.

No futuro, a Audi irá também utilizar uma nova solução: a montagem modular independente do ciclo para simplificar o trabalho com elevada variabilidade de produtos. A montagem virtual é um plano para poupar recursos materiais e tornar possível uma colaboração inovadora e flexível entre as diferentes plantas.

 

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