O Ibovespa engatava nova queda nesta terça-feira (3), após esboçar uma tentativa de melhora a abertura, conforme agentes financeiros continuam ressabiados com as sinalizações do novo governo, em sessão também marcada pelo retorno de Wall Street.
Às 15:05, o Ibovespa caía 0,98%, a 105.330,44 pontos. Mais cedo, chegou a subir a 106.683,69 pontos. O volume financeiro somava R$ 3,8 bilhões.
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Na véspera, o Ibovespa fechou em baixa de 3%, refletindo em uma recepção desconfiada à chegada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tomou posse no domingo, principalmente o tom mais intervencionista e estatizante do novo governo.
Para Dan H. Kawa, diretor de investimentos na TAG, o fluxo de notícias para o Brasil segue bastante negativo, com medidas adotadas no passado e que, comprovadamente, levaram a um país menos eficiente, sendo ventiladas novamente.
Entre os eventos dos últimos dias que ele avaliou com viés negativo estão a extensão dos subsídios a combustíveis, nomeação de funcionários ligados ao PT para a presidência do BB e da Caixa e discurso duro do presidente contra o teto de gastos.
Ainda pesando no humor do dia, ele elencou discursos falando em mudança do marco das Ferrovias, além de alterações nas regras para o Saneamento, bem como retirada do COAF do Banco Central independente para o Ministério da Fazenda.
Ele ponderou muita coisa negativa já foi descontada nos ativos locais, mas que não há gatilho específico para uma recuperação mais estrutural, embora acredite em ralis de alívio uma vez que vê preços baratos e a posição técnica saudável.
No exterior, Wall Street sinalizava uma abertura na volta do fim de semana prolongado, com os futuros em alta no primeiro pregão de 2023, em semana com uma série de dados econômicos, incluindo a ata da última reunião do Federal Reserve.
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