O Ibovespa opera em alta de 0,40% na abertura do pregão de hoje (23), a 107.981 pontos perto das 10h10, horário de Brasília. Na antevéspera de Natal, o IBGE divulgou os dados do IPCA-15 de dezembro, indicador que mede a inflação ao consumidor no Brasil. Assim, os investidores acompanham o índice, que subiu 0,52% no mês e totalizou um avanço de 5,9% no acumulado de 2022.
O dólar tinha queda de 0,42% ante o real por volta das 10h10, a caminho de encerrar uma semana de volumes reduzidos em forte baixa, depois que a PEC da Transição foi promulgada com tempo de duração reduzido. A moeda era negociada a R$ 5,1637.
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O IPCA-15 de dezembro registrou alta de 0,52% em linha com o dado apurado em novembro, de 0,53% e com o esperado pelo consenso de mercado.
Com isso, o IPCA-15 fechou o ano de 2022 com uma alta de 5,9%, acima do teto da meta de inflação pelo segundo ano consecutivo.
Em dezembro, transportes, alimentação e bebidas exerceram os maiores impactos no índice, com altas respectivamente de 0,85% e 0,69% no mês.
O resultado de transportes, depois de avanço de 0,49% em novembro, se deveu principalmente à alta de 0,47% nos preços das passagens aéreas. Os preços dos combustíveis seguiram em alta, mas o avanço desacelerou a 1,79% em dezembro, de 2,04% em novembro.
O acumulado do ano fica bem abaixo da taxa de 10,42% do IPCA-15 ao final de 2021, mas mostra que o presidente eleito iniciará seu terceiro mandato com a inflação acima do teto da meta oficial, de 3,5% com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
Confirmando-se que o IPCA fechará acima do teto da meta, o Banco Central terá que divulgar uma carta explicando os motivos de o objetivo não ter sido cumprido, o que aconteceu também em 2021, quando o IPCA fechou com alta de mais de 10% em 12 meses.
Mercados internacionais
Nos Estados Unidos, o crescimento da população norte-americana acelerou em 2022, a partir da taxa mais lenta já registrada, impulsionado pela migração internacional líquida. O índice está em recuperação após uma desaceleração desencadeada pela pandemia de Covid-19, informou o Escritório do Censo dos Estados Unidos ontem (22).
A população do país cresceu 0,4% este ano, para 333,3 milhões, depois de quase estagnar com alta de 0,1% em 2021, quando o coronavírus exacerbou uma tendência de crescimento mais moderado nos anos anteriores.
Na Ásia, as ações da China terminaram o dia em baixa, já que o aumento dos casos de Covid-19 afeta a atividade
econômica e piora o sentimento dos investidores.
No Japão, o núcleo da inflação ao consumidor atingiu novo recorde em quatro décadas, uma vez que as empresas continuavam a repassar os custos crescentes para as famílias. Isso é um sinal de que o aumento dos preços está se disseminando e pode manter o banco central sob pressão para diminuir o estímulo.
Meses antes da inesperada mudança divulgada na terça-feira (20), as autoridades do Banco do Japão haviam discutido o impacto potencial nos mercados de uma futura saída de taxas de juros ultrabaixas, de acordo com a ata da reunião de outubro divulgada hoje.
O Hang Seng, de Hong Kong, desvalorizou 0,44%; e o BSE Sensex, de Mumbai, fechou o dia em queda de 1,61%. Já na China continental, o índice Shanghai perdeu 0,28%; e no Japão, o índice Nikkei recuou 1,03%.
Na Europa, a inflação anual ao produtor (PPI) na França caiu para 21,5% em novembro, de 24,7% em outubro, em base anual.
O Stoxx 600 ganhava 0,16%; na Alemanha, o DAX sobe 0,29%; o CAC 40 em queda de 0,14% na França; na Itália, o FTSE MIB sobe 0,09%; enquanto o FTSE 100 tem valorização de 0,05% no Reino Unido.
(Com Reuters)
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