Se você acompanha dicas de beleza nas redes sociais, então provavelmente já conhece o cleansing oil. Esse é um produto à base de óleo e surfactantes que promete promover a limpeza facial, removendo as impurezas da pele. E seu espaço nas prateleiras foi tanto que ele até virou uma etapa na rotina de skincare.
No entanto, muitas pessoas também já se queixaram sobre o produto causar acne, sensibilidade ou oleosidade. A esteticista dermaticista, Patrícia Elias, explica que isso pode depender tanto do tipo e do estado da pele, como também da forma que o produto é aplicado. “O cleansing oil, como qualquer outro cosmético, tem uma maneira correta de ser utilizado para atingir os resultados desejados e não causar um efeito rebote na pele”, conta.
Como utilizar o cleansing oil?
A primeira dica da especialista é aplicar o óleo com as mãos e rosto secos. Isso porque alguns ingredientes, ao entrar em contato com a água, perdem sua funcionalidade. Além disso, é necessário realizar uma massagem em movimentos circulares por alguns segundos para aquecer e facilitar a remoção das impurezas.
Outro ponto importante é não deixar o produto por muito tempo na pele, para evitar complicações. “É preciso sempre retirar o óleo com água. Se deixado no rosto, o produto pode em alguns casos causar obstrução dos poros, aumento de oleosidade, acne e sensibilidade”, explica.
O cleansing oil é um grande aliado na rotina de skincare – Foto: Shutterstock
A especialista pontua que dependendo da quantidade de produto utilizado, é possível sentir a pele oleosa ou com resíduos. Caso isso aconteça, o recomendado é passar um sabonete específico para o rosto, mas com cautela, pois a limpeza em excesso também pode causar maior produção de sebo. “Tente remover todo o excesso de produto apenas com a água, mesmo que isso signifique enxaguar o rosto várias vezes”, acrescenta.
A profissional também recomenda a utilização do cleasing oil apenas no período noturno devido a sua ação de limpeza profunda, que retira resíduos mais pesados como maquiagem e protetor solar.
O cleansing oil e a oleosidade
Muitas pessoas têm receio em utilizar o produto com medo do aumento da produção de oleosidade, mas o que acontece é justamente o oposto. Cosméticos que retiram demais o óleo natural da nossa pele, estimulam a produção do sebo. “O corpo entende que, como toda a oleosidade foi toda retirada, é preciso produzir mais para suprir sua falta”, explica Patrícia.
Outra vantagem desse produto, é sua capacidade de tirar filamentos sebáceos do rosto, ou seja, aqueles pontinhos esbranquiçados que podem se transformar em cravos. “O cleansing oil faz uma emoliência no sebo presente nos filamentos, melhorando o aspecto da pele e evitando a formação dos pontinhos pretos que só conseguem ser eliminados por completo na extração na limpeza de pele”, afirma.
Porém, se você tem acne, deve tomar cuidado ao utilizar o produto. “Quando o óleo é deixado muito tempo no rosto e não é removido completamente ou é combinado com um sabonete extremamente secante, pode piorar o quadro de acne. Por isso, sempre recomendo a remoção do excesso com bastante água, principalmente para quem já possui tendência de pele acneica”, explica.
A especialista ressalta ainda que cada pele reage de uma maneira, independente do produto. Por isso, é sempre importante entender qual é seu tipo de pele para investir em um skincare assertivo para mantê-la saudável e viçosa.
“Nossa pele é única e merece toda nossa atenção, portanto procure entender o que sua pele gosta e precisa. Caso você já tenha usado o cleansing oil e não tenha se adaptado, invista em uma boa água micelar ou demaquilante. Outra opção, é o óleo de jojoba ou de coco para remover as impurezas da pele”, finaliza.
Fonte: Patrícia Elias, esteticista dermaticista e sócia fundadora da Clínica e da Loja Patrícia Elias Estética & Saúde.