As importações de soja pela China em novembro caíram 14% no ano, para 7,35 milhões de toneladas, mostraram dados alfandegários nesta quarta-feira (7), já que problemas logísticos no principal fornecedor, os Estados Unidos, ajudaram a perturbar as expectativas de um aumento significativo.
Após carregamentos mais lentos dos embarques e maior tempo de desembaraço alfandegário, o volume aquém do esperado ocorre depois de uma queda nas chegadas de soja à China em outubro, para apenas 4,1 milhões de toneladas, o nível mais baixo desde 2014.
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Vários participantes do mercado esperavam chegadas de mais de 9 milhões de toneladas no mês passado.
“Dezembro deve ser mais alto”, disse um trader de soja de Pequim, enquanto outro estima que as chegadas de dezembro excedam 10 milhões de toneladas.
As rígidas restrições à Covid-19 no maior comprador mundial de soja provavelmente retardaram o desembaraço alfandegário, disse um analista, que pediu anonimato porque as discussões sobre políticas governamentais são um assunto delicado.
Mas o país também reduziu as compras no início do ano, depois que os preços globais dispararam e as necessidades domésticas diminuíram, após pesadas perdas sofridas pelos suinocultores.
A China compra soja para transformar em farelo de soja para animais e óleo de cozinha.
Depois que os lucros da criação de suínos se recuperaram, os compradores intensificaram as compras de soja novamente, mas algumas cargas foram atrasadas por problemas de logística nos Estados Unidos, principal fornecedor da China.
Os níveis de água no rio Mississippi caíram para mínimos históricos neste outono, às vezes interrompendo os embarques de grãos em barcaças na principal via navegável.
As margens de esmagamento na China caíram nas últimas semanas, no entanto, devido aos altos preços globais e à queda na demanda por farelo de soja.
“A maioria dos compradores tem cobertura suficiente de grãos antes do feriado e está apenas esperando”, disse o primeiro trader, referindo-se ao Ano Novo Lunar no próximo mês, o maior feriado do ano.
As importações nos primeiros 11 meses do ano caíram 8,1%, para 80,53 milhões de toneladas, mostraram os dados da Administração Geral das Alfândegas.
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