O CEO da empresa britânica P&O Ferries, Peter Hebblethwaite, foi eleito o “pior chefe do mundo”. Em março, Hebblethwaite demitiu cerca de 800 funcionários da noite para o dia em uma reunião pré-gravada no Zoom e contratou novos empregados com pagamentos abaixo do salário mínimo britânico.
O executivo foi eleito em votação popular online com 39% dos 3.711 votos registrados, e anunciado hoje (21) em um congresso da CSI (Confederação Sindical Internacional), em Melbourne, na Austrália, onde cerca de mil sindicalistas de 122 países se reuniram.
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Além de Hebblethwaite, os outros candidatos a pior chefe do mundo eram Jeff Bezos, dono da Amazon, que ficou em segundo lugar com 25% dos votos, Alan Joyce, da companhia aérea australiana Qantas, com 20%, Ahmed bin Saeed Al Maktoum, CEO da Emirates, Howard Schultz, do Starbucks, e Gina Rinehart, da empresa australiana de mineração Hancock Prospecting. “Os seis finalistas de 2022 administram empresas com modelos de negócios que exploram os funcionários por meio de salários baixos e empregos incertos” diz uma publicação da Confederação. Segundo a CSI, eles usaram a crise da pandemia para aumentar seus lucros, em vez de assumir a responsabilidade por seus funcionários.
Stephen Cotton, secretário-geral da Federação Internacional dos Trabalhadores em Transporte, lembrou que Hebblethwaite, eleito agora o pior chefe do mundo, já havia sido o pior empregador da Europa pelo Congresso da Federação Europeia dos Trabalhadores de Transportes em maio. Ele também teve que deixar o painel de um evento da indústria nos EUA depois que uma carta do presidente do Comitê de Transporte e Infraestrutura da Câmara americano pediu que ele fosse removido.
Em 2018, Michael O’Leary, CEO do Grupo Ryanair, foi eleito o pior chefe e, em 2014, foi Jeff Bezos, da Amazon.
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