O Google fechou acordos com pelo menos 24 grandes desenvolvedores de aplicativos para impedi-los de competir com sua Play Store, incluindo um acordo envolvendo pagamento à Activision Blizzard de cerca de US$ 360 milhões (R$ 1,9 bilhão) em três anos, segundo um documento judicial divulgado hoje (17).
O Google também fez um acerto em 2020 para pagar à Riot Games, produtora de “League of Legends”, US$ 30 milhões (R$ 163 milhões) relativos a um acordo similar, segundo o documento.
Os detalhes surgiram em uma cópia de um processo judicial aberto pela Epic Games, produtora de jogos como “Fortnite”, contra o Google em 2020. No processo, a Epic acusa o Google de práticas anticompetitivas relacionadas aos negócios Android e Play Store.
Google, Activision e Riot não comentaram o assunto. Mas o Google disse anteriormente que o processo é infundado.
A Epic perdeu no ano passado um caso semelhante contra a Apple. Uma decisão de apelação nesse caso é esperada para 2023.
Os acordos do Google com os desenvolvedores foram descritos em versões anteriores do processo, mas os termos exatos não tinham sido revelados.
O acerto com a Activision foi assinado em janeiro de 2020, logo depois que a gigante dos videogames disse que estava avaliando lançar sua própria loja de aplicativos. Na mesma época, o Google previa bilhões de dólares em vendas perdidas por sua loja de apps se os desenvolvedores migrassem para plataformas alternativas.
O processo da Epic alega que o Google sabia que um acordo “garantiria efetivamente que a Activision abandonaria seus planos de lançar uma loja de aplicativos concorrente, e o Google pretendia esse resultado”. O acordo aumentou preços e reduziu qualidade de serviço, afirma o processo.
O post Google aceitou pagar US$ 360 milhões à Activision para eliminar competição apareceu primeiro em Forbes Brasil.