À frente da operação sul-americana de um dos maiores grupos automotivos do mundo – a Stellantis, união dos conglomerados Fiat Chrysler Automobiles e PSA Peugeot Citroën –, Antonio Filosa sempre sonhou em trabalhar com carros. E conseguiu: nascido em Castellammare di Stabia (ao sul de Nápoles), há 49 anos, sua carreira percorre 23 anos no setor automotivo, dos quais 21 fora da Itália. Ingressou no Grupo Fiat em 1999. Filosa está na lista da Forbes dos melhores CEOs de 2022.
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Um currículo tão internacional é considerado pelo executivo uma de suas grandes escolhas no âmbito profissional. “Fiquei muito tempo trabalhando em diversos lugares, como Estados Unidos, Inglaterra, Espanha, na própria Itália, no Brasil, na Argentina. Acho, então, que meu principal acerto foi me abrir para o mundo desde a Itália já no início da carreira”, avalia o CEO da Stellantis.
Chegou ao Brasil em 2005; em 2006, incorporou-se à planta da Fiat em Betim (MG) – e sob sua gestão operacional, a planta bateu recorde de produção.
A paixão por automóveis vem da infância. “Meu pai era apaixonado pela Alfa Romeo em que conduzia minha mãe no início do romance dos dois. Esse carro está ligado ao namoro e casamento deles, de modo que está relacionado com minha própria concepção. E o carro ainda está na família, uma Alfa Romeo Giulia 1300 TI. Gosto de cuidar de sua manutenção e me esforço para que esteja impecável na comemoração de seus 50 anos neste ano”, conta Filosa.
“Meu pai foi, sem dúvida, minha grande inspiração, embora não tenha tido uma carreira destacada. Ao lado dele, entre os líderes que tive na carreira, Sergio Marchionne foi o mais que me forjou”, revela o executivo, referindo-se ao ex-CEO da Fiat Chrysler (FCA), morto em 2018, aos 66 anos.
Como gestor, Filosa avalia que seu maior talento é “a capacidade de estar com as pessoas, de escutá-las, entendê-las e trabalhar com elas” – e frisa a relevância dos equívocos na jornada. “Cometi uma série de erros e pude refletir sobre eles, para que se transformassem em fortaleza.”
Projetos para o futuro? “Minha família. Sempre foi a prioridade número um, e é cada vez mais. Parte dela residente na Itália; aqui no Brasil falo da minha esposa, dos meus dois filhos [todos brasileiros]. Eles são a razão do meu entusiasmo. Quanto à carreira, o projeto é estar aberto. O mundo e a indústria estão em um ritmo de contínua transformação. O que temos a fazer é deixar as portas abertas. Fechá-las, neste momento, é sair do processo.”
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