As vacinas possuem uma grande importância histórica para a erradicação de diversas doenças graves, entre elas, a poliomielite. Porém, com a baixa cobertura vacinal nos últimos anos, — principalmente no que diz respeito à vacinação infantil — essas enfermidades podem voltar.
De acordo com dados do Ministério da Saúde e do Sistema Único de Saúde (SUS), a procura por vacinas caiu de 95% em 2015 para 59%, em 2021. E em mais de 900 cidades do país, essa taxa não chega a 50%.
Por conta disso, a Organização Pan-Americana de Saúde apontou o Brasil como um dos 12 países que correm alto risco de reintrodução da poliomielite, erradicada no continente americano desde 1994.
O médico Alexandre Calandrini reforça que a vacinação para crianças e adultos é a única forma de erradicar novamente essas doenças. “Estamos com taxas semelhantes àquelas observadas na década de 1980. É um retrocesso que traz o risco real do ressurgimento de doenças graves que já haviam sido declaradas eliminadas ou controladas no país”, ressalta o especialista.
Vacinação
Atualmente, a rede pública de saúde disponibiliza em todo o país 19 vacinas para combater cerca de 20 doenças, em diversas faixas etárias. Além disso, existem outras 10 vacinas exclusivas para grupos em condições clínicas especiais, como os portadores de HIV.
Por isso, vacine-se e não se esqueça de vacinar também as crianças! A vacinação protege não só quem é vacinado, mas também aqueles poucos que não desenvolvem a imunidade. Isso porque, quanto mais pessoas de uma comunidade estão protegidas, menor é a chance de uma doença se propagar.
Fonte: Dr. Alexandre Ceotto Calandrini, coordenador e médico do time de saúde da operadora Sami.