O Ibovespa iniciou o pregão de hoje (9) em queda de 0,55%, aos 115.526 pontos, por volta das 10h20 (horário de Brasília). Investidores seguem atentos ao cenário político e aos balanços corporativos, além de refletir o clima de cautela no exterior com as eleições nos Estados Unidos.

Por aqui, as ações do Bradesco (BBDC3; BBDC4) são as maiores quedas desta manhã, recuando mais de 8%. Ontem (8), o banco divulgou uma baixa surpreendente no lucro do terceiro trimestre, uma vez que a rápida piora na qualidade da carteira de crédito o levou a ampliar as provisões para perdas esperadas com calotes, cenário que deve durar até 2023.

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O segundo maior banco privado do país anunciou que seu lucro recorrente de julho a setembro somou R$ 5,22 bilhões, uma queda de 22,8% ante mesma etapa de 2021. O número veio abaixo da previsão média de analistas consultados pela Refinitiv, de R$ 6,76 bilhões.

Em teleconferência sobre o balanço antes da abertura do mercado, executivos do Bradesco afirmaram que o lucro deve continuar pressionado nos próximos trimestres e que deve encerrar o ano na parte inferior da estimativa de crescimento de crédito.

Hoje, balanços de Caixa, Petz e Gerdau foram divulgados antes da abertura. Agora a espera é pelos resultados do Banco do Brasil, Carrefour, BRF, Equatorial, Eletrobras, Hapvida, Rede D’Or, Natura e Ultrapar, que serão anunciados após o fechamento do mercado.

A Caixa Econômica Federal divulgou um lucro líquido contábil de R$ 3,2 bilhões de reais no terceiro trimestre, quase estável na comparação ano a ano (+0,5%). Já a Petz teve lucro líquido ajustado de R$ 30,7 milhões, queda de 8,2% em relação ao mesmo período do ano passado, reflexo do expressivo ritmo de expansão de lojas, além de consolidação das aquisições.

E a siderúrgica brasileira Gerdau informou que seu lucro líquido ajustado caiu cerca de um terço no terceiro trimestre em relação a igual período do ano passado, com preços de aço mais baixos globalmente e aumento dos custos de insumos.

Sobre os dados econômicos do Brasil, as vendas no varejo cresceram bem mais do que o esperado em setembro, marcando o ritmo mensal mais forte desde março, mas ainda assim encerraram o terceiro trimestre com perdas em meio à dificuldade do setor de deslanchar diante do aperto do crédito.

Dados divulgados nesta manhã pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostraram que em setembro as vendas varejistas tiveram avanço de 1,1% em relação ao mês anterior.

No cenário externo, os futuros de Wall Street operam em queda. Por volta das 10h20, o Dow Jones futuro recuava 0,31%, aos 33.072 pontos, o S&P 500 tinha queda de 0,17%, aos 3.828 pontos, e o Nasdaq caía 0,16%, aos 11.073 pontos.

Além das eleições legislativas, o foco desta semana também estará nos dados de preços ao consumidor dos EUA para outubro, que serão divulgados na quinta-feira (10), para obter pistas sobre o quanto os aumentos das taxas de juros do Federal Reserve dos EUA estão ajudando a esfriar a economia.

O dólar avançava 0,61% frente ao real, a R$ 5,1770, acompanhando a alta internacional da divisa norte-americana conforme investidores aguardavam os resultados da eleição de meio de mandato dos Estados Unidos, enquanto, no Brasil, a incerteza sobre a agenda fiscal de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a falta de indicação sobre quem será seu ministro da Fazenda continuavam preocupando.

E na Ásia, as principais Bolsas fecharam majoritariamente em queda, uma vez que a queda dos preços ao produtor, pela primeira vez desde dezembro de 2020, ressaltou a fraqueza da demanda interna em meio às restrições contra a Covid-19.

Por lá, investidores também seguem aguardando os dados da inflação e os resultados das eleições de meio de mandato nos Estados Unidos.

Em Tóquio, o Nikkei caiu 1,16%, enquanto em Hong Kong, o Hang Seng caiu 1,20%. Em Taiwan, o Taiex teve alta de 2,18%. Na China, o Xangai registrou queda de 0,53% e Shenzhen 0,41%. Na Coreia, no entanto, o Kospi subiu 1,06%.

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(Com Reuters)

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