Depois do Twitter, Meta planeja demissões nesta semana

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GettyImages/ Chip Somodevilla

Zuckerberg: “provavelmente há um monte de pessoas que não deveriam estar aqui”

A Meta, nova denominação do Facebook, planeja demitir diversos funcionários nesta semana, segundo três pessoas com conhecimento da situação disseram ao jornal americano The New York Times. As pessoas disseram que esses devem ser os cortes mais significativos desde que a empresa foi fundada, em 2004.

Não ficou claro quantas pessoas seriam cortadas e em quais departamentos, disseram as pessoas, que não quiseram ser identificadas. As demissões eram esperadas até o fim desta semana. A Meta tinha 87,3 mil funcionários no fim de setembro, um aumento de 28% em relação ao ano anterior.

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A Meta vem lutando financeiramente há meses e vem fazendo esforços cada vez maiores para cortar custos. A companhia, que além do Facebook é dona do, Instagram, do WhatsApp e do Messenger, gastou bilhões de dólares na tecnologia emergente do metaverso, em um momento no qual a economia global desacelerou e a inflação disparou.

Ao mesmo tempo, a publicidade digital – que constitui a maior parte da receita da Meta – enfraqueceu à medida que os anunciantes diminuíram suas encomendas, afetando muitas empresas de mídia social. Os negócios da Meta também foram prejudicados pelas mudanças de privacidade que a Apple promulgou, que prejudicaram a capacidade de muitos aplicativos de direcionar anúncios para dispositivos móveis aos usuários.

No mês passado, a Meta registrou uma queda de 50 por cento nos lucros trimestrais e seu segundo declínio consecutivo no faturamento. A empresa informou al divulgar os números que estaria “fazendo mudanças significativas em todos os setores para operar com mais eficiência”, inclusive reduzindo equipes e contratando só nas áreas de maior prioridade.

Mark Zuckerberg, executivo-chefe da Meta, acrescentou que a maioria das “equipes permanecerão do mesmo tamanho ou vão encolher no próximo ano”. Ele disse que a empresa “terminaria 2023 aproximadamente do mesmo tamanho, ou até mesmo uma organização um pouco menor do que somos hoje”. Os planos de demissão já haviam sido notícia no jornal “The Wall Street Journal”.

Zuckerberg vem alertando há meses para tempos mais difíceis pela frente. Em julho, ele disse aos funcionários que a empresa estava enfrentando uma das “piores crises da história recente” e que os trabalhadores deveriam se preparar para fazer mais trabalho com menos recursos. Os desempenhos individuais também seriam avaliados com mais intensidade do que antes, disse ele.

“Acho que alguns de vocês podem decidir que este lugar não é para vocês, e essa auto seleção está bem para mim”, disse Zuckerberg aos funcionários em uma ligação na época. “Realisticamente, provavelmente há um monte de pessoas que não deveriam estar aqui.”

Tecnologia demite

A Meta se junta a outras empresas do Vale do Silício que estão demitindo funcionários à medida que as condições econômicas se tornam mais desafiadoras. As empresas de tecnologia cresceram durante a pandemia de coronavírus, mas muitas divulgaram resultados financeiros nas últimas semanas que mostraram que estavam sentindo o impacto da piora econômica global.

Na sexta-feira (4), Elon Musk, o homem mais rico do mundo e o novo dono do Twitter, demitiu metade dos funcionários da empresa. Na semana passada, a Lyft também disse que cortaria 650 de seus 5 mil funcionários, uma redução de cerca de 13%. A Stripe, uma plataforma de processamento de pagamentos, disse que cortaria 1,1 mil trabalhadores, cerca de 14% de seu pessoal. Snap, Robinhood e Coinbase também anunciaram demissões neste ano.
Outras deixaram de contratar.

Na semana passada, a Amazon disse que decidiu pausar as contratações porque a economia estava “em um lugar incerto”, o que interrompeu as contratações corporativas e de tecnologia em seus negócios de varejo pelo resto do ano.

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