O setor público consolidado brasileiro registrou um superávit primário de R$ 10,746 bilhões em setembro, informou o Banco Central (BC) nesta segunda-feira (31). O resultado primário do mês ficou ligeiramente abaixo da expectativa do mercado, segundo pesquisa da Reuters, que projetava um superávit primário de R$ 11,1 bilhões no mês.
Em setembro, a dívida bruta do país ficou em 77,1% do PIB (Produto Interno Bruto), ante 77,5% no mês anterior e 82,3% em setembro de 2021. O patamar é o mais baixo desde março de 2020, quando o indicador estava em 77,0% e o governo iniciou uma série de despesas para o combate à crise sanitária da pandemia.
A dívida líquida, por sua vez, foi a 58,3% em setembro, contra 58,2% no mês anterior.
O resultado primário acumulado em 12 meses alcançou um superávit de R$ 181,358 bilhões em setembro, o que corresponde a 1,93% do Produto Interno Bruto (PIB). No mês anterior, o saldo acumulado estava em 1,97% do PIB.
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Os dados do setor público englobam as contas de governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência), Estados, municípios e empresas estatais e não inclui as despesas com juros.
O resultado primário de setembro foi influenciado pelo resultado positivo do governo federal e de Estados e municípios, enquanto o dado ficou no vermelho para as estatais.
O governo central apresentou um superávit de R$ 11,113 bilhões no mês. Governos regionais tiveram superávit de R$ 321 milhões –resultado de superávit de R$ 3,253 bilhões nos estados e déficit de R$ 2,932 bilhões nos municípios. As estatais foram deficitárias em R$ 688 milhões.
No mês, o gasto com juros somou R$ 71,364 bilhões, contra R$ 35,628 bilhões no mês anterior e R$ 54,952 bilhões em setembro de 2021.
Com isso, o resultado nominal do setor público ficou em déficit de R$ 60,618 bilhões –estava negativo em R$ 65,907 bilhões em agosto e R$ 42,018 bilhões em setembro de 2021.
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