Ícone da cultura pop, Funko fatura milhões e quer crescer no Brasil

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Divulgação/Funko

Criada há mais de 20 anos, a marca se tornou especializada na produção de colecionáveis

Atire o primeiro brinde do McLanche feliz quem nunca colecionou alguns objetos sem nenhuma utilidade imediata. Podem ser canecas, miniaturas, figurinhas, brinquedos de pelúcia. Para a maioria, apenas um passatempo e um pequeno (ou nem tanto) gasto. Porém, para Mike Becker, criador da americana Funko, isso representa um negócio que, no segundo semestre deste ano, representou um faturamento de US$ 315 milhões (R$ 1,64 bilhão). 

Funkos são pequenos bonecos colecionáveis da cultura pop. Atualmente, os preços variam entre R$ 60,00 a R$ 900,00. Criada há mais de 20 anos, a marca se tornou especializada na produção de colecionáveis. Segundo a empresa, a tendência de compra é dos consumidores adultos. “É uma forma que esse público encontra de se conectar com personagens que marcaram as suas histórias”, diz Becker em entrevista à Forbes Brasil.

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Da garagem para o mundo

Apaixonado pela temática retrô, Becker e o amigo Rob Schwartz participavam de encontros de trocas e vendas de garagem. Já na mira dos colecionáveis, os dois comercializavam canecas tiki e outros itens divertidos. “Era o que fazíamos durante horas e horas nos fins de semana”, relembra o empresário. 

Apresentado à cultura pop por Schwartz, eles decidiram juntá-la com a paixão por colecionáveis. Entre as diversas ideias que os amigos tiveram, uma delas era a produção de bobbleheads — os famosos bonecos cabeçudos. A partir disso, o corpo para o bobblehead foi criado e eles o chamaram de “Computer Bob.” “A partir daí, dei a ideia de também criar um para o restaurante Big Boy. Deu certo.” 

Becker decidiu ir para o Universal Studios levar os bonecos a uma pequena loja de varejo. “No dia seguinte, o gerente me disse que todos haviam sido vendidos.” Segundo o empresário, esse foi o momento em que percebeu que a chave era colocar os bonecos nas mãos das pessoas. “Com isso, criei o nome ‘Funko’, que significa empresa divertida.”

Os dois começaram a depositar o foco nas licenças, que, segundo Becker, poderiam obter com pouco ou nenhum dinheiro. “Comecei a ir a eventos de licenciamento e logo entendi como os negócios funcionavam.” O verdadeiro pontapé para a empresa veio quando os empresários fizeram o Austin Powers, personagem de uma série de filmes de comédia. “Saíram 100 mil bobbleheads da nossa garagem. E foi aí que começamos a crescer”, diz o fundador.

Trabalhar diretamente da garagem, para Becker, era uma loucura. “Estávamos enviando e fazendo tudo dali. Com o tempo, finalmente tínhamos dinheiro no banco para expandir nossa linha para Pez boy, Pez girl e conseguimos licenças melhores.” 

Os amigos começaram a receber várias ligações. “Conseguimos nosso primeiro escritório na rua Colby em Everett, Washington. Quatro de nós trabalhamos sem parar. Era maluco e a demanda por nossos produtos parecia ter acontecido da noite para o dia.”

Agora, a empresa trabalha com todos os principais estúdios e serviços de streaming nos principais filmes e programas de televisão. Netflix, Amazon Prime Video, Disney+ são alguns dos nomes. Para selecionar os personagens, a empresa tem uma equipe voltada para o licenciamento. “Trabalhamos para que os produtos se encaixem no espírito da marca.”

Para o Brasil, Becker foca na presença na CCXP 2022, que acontece em dezembro, para dar um “oi” para os fãs brasileiros. “Queremos entender mais o que faz os consumidores brasileiros amarem a Funko.” A longo prazo, a empresa mira construir uma equipe de vendas maior para expandir os negócios na América Latina. “Queremos levar a marca para todo mundo.”

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