5 Profissões para sobreviver à recessão

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Getty Images/Jamie Grill

5 profissões que estarão em alta em meio à crise

A plataforma de educação online norte-americana ELVTR entrevistou 12,5 mil pessoas que buscam mudar ou evoluir em suas carreiras para descobrir as cinco profissões que sobreviverão à recessão que o país enfrenta. Assim, eles querem ajudar empregados a preparar suas carreiras para a crise econômica e enriquecer suas buscas por novos empregos.

Aqui estão as cinco profissões que, de acordo com o relatório produzido com a pesquisa, estão em alta demanda por lá no momento. Com o advento do anywhere office e com a disputa global por tecnologia, a pesquisa dá uma boa pista do que pode ser relevante em outros países também.

1. Gestão de produtos

Em um mundo comandado pela tecnologia, não há falta de inovação ou de demanda para talentos no setor de TI, mas as empresas não estão somente buscando por experts em tecnologia. Elas também esperam que aqueles com competências de gerenciamento de produtos garantam o sucesso do que estão criando. De acordo com o site Glassdoor, há 17.725 vagas abertas, no momento, para esse ramo nos Estados Unidos. Tais profissionais podem esperar oportunidades de crescimento em suas carreiras. Escolher um caminho na lucrativa indústria de tecnologia não requer ter habilidades de programação. 

Salário-médio no Brasil, segundo o Glassdoor: R$8.701 por mês.

2. Gestão de DEI (Diversidade, Equidade e Inclusão)

De acordo com o LinkedIn, o número de ‘diretores de diversidade’ mais que dobrou desde 2015, com companhias como a de jogos eletrônicos Electronic Arts, a rede global Deloitte e a Amazon entre as que estão contratando. Responsáveis por aumentar a produtividade, a retenção de talentos e a moral dos funcionários – com 75% dos que buscam empregos avaliando a diversidade das companhias quando consideram ofertas – o investimento em posições de gerenciamento de DEI deve aumentar. 

Ao obter habilidades como comunicação, identificação de problemas e resolução de conflitos, candidatos podem conseguir uma carreira nessa área em crescimento. Além de oferecer uma escolha lucrativa de carreira, esses cargos são perfeitos para aqueles que querem deixar um impacto positivo nos seus locais de trabalho e na sociedade. 

Salário-médio no Brasil, segundo o Glassdoor: R$10.875 por mês.

3. Produção de games

A indústria de games cresceu 26% entre 2019 e 2021 e vai continuar nessa tendência apesar da recessão, de acordo com a multinacional de consultoria PwC, já que consumidores continuamente buscam por entretenimento de baixo custo. Com os videogames como um dos hobbies favoritos dos consumidores mais jovens, essa indústria é uma das mais desejadas entre aqueles buscando empregos, porque novos profissionais buscam carreiras relacionadas com aquilo que eles mais gostam de fazer.

Para vencer a competição, os candidatos terão de aprender bem as difíceis habilidades da profissão. No entanto, essa não é uma oportunidade somente para aqueles com conhecimento e experiência em programação. Para atender à demanda, essa indústria terá que contratar pessoas de diferentes áreas e com diferentes competências – desde experiência do usuário até engenharia de som, desde programação até escrita de roteiros.

Salário-médio no Brasil, segundo o Glassdoor: R$6.056 por mês.

Leia também: Avaliado em R$ 12 bi, setor de games vive nova fase com marco legal

4. Direção criativa

Com o ramo projetado para crescer 11% nessa década, mais rapidamente do que a média daqueles do mercado de trabalho dos EUA, há uma evidente necessidade de profissionais com habilidades de direção. Uma diminuição da demanda é improvável apesar do cenário econômico, uma vez que as pessoas continuam buscando entretenimento em meio a períodos difíceis e os negócios aumentam seus gastos em publicidade para continuar reconhecidos. Em oposição ao estereótipo do “artista sem dinheiro”, os cargos de diretores de arte possibilitam às pessoas criativas expressar suas criatividades com a garantia de um retorno financeiro. 

Salário-médio no Brasil, segundo o Glassdoor: R$6.734 por mês.

5. Análise de dados

Com uma quantidade infinita de dados disponíveis às empresas, há alta demanda por profissionais com habilidades em análise de dados, capazes de transformar essas informações em ideias valiosas. De acordo com o LinkedIn, a quantidade de vagas em ciência de dados tem crescido 37% ao ano nos Estados Unidos. Com posições espalhadas por quase todas as indústrias, aqueles competentes em análise de dados têm a liberdade de escolher um cargo e um setor que lhes atraia mais, como finanças, saúde, vendas ou tecnologia.

Sendo também necessários conhecimentos avançados em tecnologia computacional e em matemática, essa não é, de forma alguma, uma profissão fácil. Apesar disso, as recompensas compensam os requisitos pedidos, com analistas iniciantes ganhando salários acima da média do mercado.

Salário-médio no Brasil, segundo o Glassdoor: R$4.672 por mês.

Última consideração sobre o futuro do trabalho

Depois de décadas de salários estagnados, Perskin me contou que o mercado de trabalho está, finalmente, buscando por mais. Ele explicou que aproximadamente ¼ dos empregados estão considerando suas opções e lutando para expandir suas habilidades, assim como milhares de outros profissionais. “A ‘inflação de competências’ bate na porta, o número de candidatos aumenta e o número de vagas disponíveis cai drasticamente”, ele diz. “Ter profundo conhecimento em habilidades do mercado que muitos também dominam provavelmente não irá melhorar as chances de alguém buscando emprego. Ao invés disso, trabalhadores deveriam focar em adquirir conhecimentos menos comuns entre a força de trabalho atual, mas não menos valiosos ou menos atraentes aos empregadores”.

A maioria dos empregos da lista acima não existiam há 20 anos, de acordo com Peskin, mas hoje já tem uma estável demanda apesar do péssimo cenário econômico. “Segundo a nossa mais recente pesquisa, 40% das pessoas com graduação completa não acredita que suas profissões estarão em demanda nos próximos 10 anos”, ele conclui. “O aprendizado para toda a vida não é mais um conceito famoso, mas sim, um mecanismo de sobrevivência no mercado de trabalho atual. Aprenda novas habilidades ou seja engolido; essa é a lógica”.

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