Plataforma Sproutfi quer ensinar jovens a investir no exterior

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Marcus Steinmeyer

Ruben Guerrero e Tyler Richi, fundadores da Sproutfi

Investir pela primeira vez não é fácil. Quando o assunto é investimento no exterior, mais ainda. É nisso que a plataforma de distribuição de produtos financeiros Sproutfi está apostando. A empresa visa auxiliar novos investidores a entrar no mercado internacional e provar que não é preciso ser rico para isso. Lançada em fevereiro de 2021, ela tem mais de US$ 100 milhões em ativos sob gestão.

A ideia surgiu depois que os executivos americanos Ruben Guerrero e Tyler Richie perceberam, no início de 2021, que o número de novos investidores latino-americanos cresceu aceleradamente nos últimos anos, assim como suas estratégias de investimento.

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“Temos como foco a geração Z e os millennials. Diferentemente de seus pais, eles investem quantias muito menores, mas com frequência muito maior. A maneira como eles estão aprendendo sobre o mercado e como descobrem oportunidades de investimento está muito ligada ao seu comportamento na vida pessoal e isso nos pareceu uma oportunidade”, diz Guerrero.

O executivo explica que o mercado já está muito bem servido de plataformas de investimento internacional para pessoas ricas e que é preciso nivelar a oportunidade para quem está começando e não tem dinheiro para pagar por um assessor de investimentos.

“Quais são as ferramentas que esse público precisa e como nós podemos encorajá-los a começar e construir hábitos saudáveis de investimentos no longo prazo? Nós procuramos muito e não vimos ninguém fazendo isso de forma relevante e acessível”, conta o executivo.

Para atingir o objetivo, o primeiro passo foi tirar os jargões de cena. “Isso só leva a confusão e os tira do mercado”. A segunda meta era criar uma interface simples e confortável e a terceira, por enquanto, é criar uma comunidade de suporte entre os investidores. Além disso, a Sproutfi não cobra taxa de corretagem.

O curto caminho, de pouco menos de um ano desde a criação da empresa, já trouxe muitos desafios para os executivos. Na visão deles, o maior foi tirar as pessoas da inércia e mostrar que o investimento internacional não é um bicho de sete cabeças. “Não é porque você não fez antes que não pode começar a fazer agora”, diz Guerrero.

Porém, ele explica que só falar não basta. No mercado financeiro, para ter notoriedade é preciso ter escala. O maior número de usuários e de ativos sob gestão representa maior qualidade para os consumidores e para o mercado em si.

Fusões e aquisições

Pensando nisso, a empresa também está focada em fusões e aquisições. A mais recente foi a compra da portfólio de clientes da Passfolio, outra plataforma internacional de investimentos.

“Nós entendemos que se a pessoa já investe nos Estados Unidos nós conseguimos dar o mesmo apoio que eles já tem em suas plataformas e adicionar mais valor na nossa comunidade”, avalia Guerrero. “A aquisição tem esse foco de aumentar a nossa escala e trazer um serviço mais qualificado para a base de clientes”.

Próximos passos

O executivo ainda comentou que os próximos meses estão cheios de novidades para os usuários da plataforma. Uma delas é a entrada de criptomoedas no portfólio de investimentos.

“Os jovens da Geração Z acham mais fácil investir em criptomoedas do que em ações, então é uma tendência muito importante para ser seguida”, conta.

A outra é a implementação do serviço de assessoria de investimentos, que é voltado para quem quer se aventurar nesse mercado, mas não tem a intenção de ficar aprendendo e escolhendo quais são os melhores aportes para o seu perfil. “Muitos querem investir, mas não querem fazer isso sozinhos e nós queremos dar esse suporte também.”

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