Mais de 80% dos Estados Unidos enfrentam condições de secas anormais, a maior parcela até agora neste século, e a recente escalada da estiagem em vários Estados produtores de grãos aumenta os riscos para a colheita de 2023.
A secura extrema do outono é mais preocupante para a safra de trigo de inverno norte-americano, pois há menos tempo de recuperação. No caso da soja e do milho, a colheita de 2022 já está em estágio mais avançado.
O clima excepcionalmente seco do outono afetou os Estados norte-americanos centrais.
No Meio-Oeste do país, o período entre setembro e outubro pode disputar o top 10 mais seco de todos os tempos, levando o rio Mississippi a atingir níveis historicamente baixos e interrompendo severamente o movimento de grãos ao longo da hidrovia.
De acordo com o Monitor de Seca dos Estados Unidos, um recorde de 82% do país está experimentando secura anormal, um pouco mais do que a máxima de 81% de 2012. Cerca de 59% do país recebeu a designação oficial de seca, uma parcela vista em apenas algumas outras semanas, principalmente no final de 2012.
Meteorologistas do governo dos Estados Unidos disseram na quinta-feira que a situação do rio pode não melhorar durante o inverno, com clima mais seco do que o normal possível no sul. No entanto, as chances de precipitação acima da média no leste do Centro-Oeste podem proporcionar alívio lá.
Os dados do Monitor de Seca começaram a ser contabilizados em 2000, mas alguns anos desse período, como 2012, oferecem uma boa comparação.
Os rendimentos das colheitas foram horríveis naquele ano em meio a uma das piores secas de todos os tempos nos Estados Unidos e, embora a seca cubra uma extensão maior hoje do que em 2012, a severidade no cinturão de grãos é felizmente menor agora.
Cerca de 15% do Centro-Oeste com safra pesada está em seca severa ou pior, a maior desde agosto de 2021, mas bem abaixo dos 34% observados na mesma semana de 2012.
> Inscreva-se ou indique alguém para a seleção Under 30 de 2022
O post Seca atual nos EUA coloca em xeque a colheita de trigo em 2023 apareceu primeiro em Forbes Brasil.