Sotheby’s espera bater R$ 450 milhões em leilão de 8 raros diamantes

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Sotheby’s/Divulgação

As oito gemas que irão à leilão foram lapidadas a partir de cinco diamantes azuis raros brutos

A Sotheby’s vai colocar em seus leilões Magnificent Jewels, que acontecerão em Nova York, Genebra e Hong Kong a partir de novembro até o segundo trimestre 2023, grupo de oito diamantes azuis Fancy.

Chamado de “The De Beers Exceptional Blue Collection”, o conjunto de pedras raras tem um valor total combinado de mais de US$ 70 milhões (R$ 370 milhões, na cotação atual), disse a casa de leilões. No entanto, a estimativa máxima é de que as oito gemas possam chegar a US$ 84,8 milhões (R$ 450 milhões).

Em um comunicado, a Sotheby’s disse que os diamantes exibem “tons soberbos, distribuição e saturação de cores uniformes”, o que faz dessa uma das “coleções mais raras e notáveis ​​de diamantes coloridos do mundo”. 

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Todos os diamantes foram adquiridos e montados pela De Beers, a gigante da mineração e comercialização de diamantes, e trabalhados à mão em peças pela Diacore – empresa especializada em lapidação e polimento de gemas raras. Essa é a primeira vez que os oito estão aparecendo em leilão. 

“Vindos da histórica mina Cullinan, na África do Sul, os ‘De Beers Exceptional Blues’ [os excepcionais azuis da Dee Beers, em português] são um verdadeiro testemunho dos tesouros mais extraordinários do mundo e do que ainda está para ser descoberto”, disse Quig Bruning, chefe da Sotheby’s Jewels nas Américas.

“A descoberta de um diamante azul de qualquer tamanho com qualidade de gema já é uma ocorrência rara. Portanto, ter a oportunidade de oferecer não um, mas oito deles, em uma variedade de formas e pesos, é verdadeiramente sensacional”, acrescentou Wenhao Yu, presidente da divisão de joalheria e relógios da Sotheby’s Asia.

A coleção é composta por oito diamantes azuis de várias formas e pesos, totalizando 32,09 quilates. Eles variam em tamanho de um corte brilhante oval de 1,22 quilates a um corte em degrau de 11,29 quilates. Três desses diamantes serão oferecidos este ano. 

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Das oito pedras azuis, quatro foram classificadas pelo Gemological Institute of America (GIA) como Fancy Vivid, a maior classificação de cores para diamantes coloridos. Um deles, de 3,24 quilates, foi classificado como “Internally Flawless” (internamente impecável) pelo instituto.

Esses são os oito diamantes da De Beers Exceptional Blues:

Fancy Vivid Blue com corte em degrau e 11,29 quilates. Estimativa: US$ 28 milhões a US$ 50 milhões
Fancy Vivid Blue de lapidação cushion e corte brilhante, com 5,53 quilates. Estimativa: US$ 11 milhões a US$ 15 milhões – será leiloado em Genebra em 9 de novembro
Fancy Intense Blue de corte em degrau e 4,13 quilates. Estimativa: US$ 2,5 milhões a US$ 3,5 milhões
Internally Flawless Fancy Vivid Blue, lapidação cushion de corte brilhante, pesando 3,24 quilates. Estimativa: US$ 5 milhões a US$ 8 milhões – será leiloado em 7 de dezembro em Nova York
Fancy Vivid Blue cushion com corte brilhante e 3,10 quilates. Estimativa: US$ 4,5 milhões a US$ 5 milhões
Fancy Intense Blue com corte cushion e 2,08 quilates. Estimativa: US$ 1,2 milhão a US$ 1,5 milhão – será leiloado em 7 de dezembro em Nova York
Fancy Intense Blue redondo de corte brilhante e 1,50 quilates. Estimativa: US$ 750.000 a US$ 1 milhão
Fancy Intense Blue de corte brilhante oval, pesando 1,22 quilates. Estimativa: US$ 600.000 a US$ 800.000

Em novembro de 2020, a De Beers e a Diacore compraram juntos cinco diamantes azuis raros brutos da mina Cullinan, com peso total de 85,62 quilates. Durante quase dois anos, a Diacore cortou e poliu as pedras – variando em tamanho de 9,61 a 25,75 quilates – e as transformou na coleção atual. 

“A De Beers Exceptional Blue é um testemunho da capacidade única da empresa de obter os diamantes mais raros do mundo, com paciência e visão necessárias para montar uma coleção que excede a raridade”, diz Bruce Cleaver, de saída como CEO do De Beers Group.

O azul é considerado uma das cores mais raras de todos os diamantes. A tonalidade vem da presença atômica aleatória do elemento boro dentro da estrutura de carbono do diamante, que pode acontecer durante sua formação nas profundezas do núcleo da Terra. Hoje, “as descobertas de diamantes azuis de qualquer tamanho ainda são esporádicas e uma ocorrência sempre surpreendente”, explica a Sotheby’s.

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A coleção de diamantes foi apresentada na última quarta-feira (12) em Nova York e fará uma turnê pelas cidades de Hong Kong (17 a 19/10), Cingapura (20 e 21/10), Taipei (26 e 27/10) e Genebra (4 a 8/11)

O recorde de preço geral para um diamante azul Fancy Vivid é do “The Oppenheimer Blue”, que arrecadou mais de US$ 57,5 ​​milhões em 2016 (R$ 304,8 milhões, na cotação atual). Já o recordista de preço por quilate é o “Blue Moon of Josephine”, que alcançou US$ 4 milhões (R$ 21,2 milhões) por quilate em 2015.

Mais recentemente, o “De Beers Cullinan Blue”, de 15,10 quilates, o maior diamante azul vívido já leiloado, arrecadou mais de US$ 57,4 milhões (R$ 304,2 milhões) e aproximadamente US$ 3,8 milhões (R$ 20,1 milhões) por quilate na Sotheby’s Hong Kong em abril.

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