Quer uma adega em casa? Veja modelos e dicas de como montar

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Você já pensou em ter uma adega em casa para saborear seus vinhos preferidos e ter momentos inesquecíveis com seus amigos? Então saiba que, para isso, é preciso levar alguns fatores em consideração e pesquisar bastante sobre as diferentes formas antes de montar esse ambiente no seu lar.

Um item básico que não pode faltar na decoração são os nichos ou suportes para sustentar as garrafas. Porém, há diversos outros detalhes que um projeto de décor de interiores precisa considerar antes da realização da adega para a sua casa.

Veja a seguir algumas questões para pensar antes de construir a sua própria adega:

Tipos de adegas

O primeiro — e mais importante — passo para escolher uma adega para a casa é ter o conhecimento sobre os modelos existentes no mercado. Segundo a arquiteta Giselle Macedo e a designer de interiores Patricia Covolo, alguns dos principais são:

Termoelétricas:

São aquelas que trocam calor com o ambiente e são indicadas para locais de temperatura mais amenas. O objetivo é manter os rótulos entre 10 ou 12 graus abaixo da temperatura ambiente, conservando o líquido no interior dos rótulos.

No caso das miniadegas, Patricia indica que os modelos são indicados para quem começou a apreciar a bebida, mas não cultiva o hábito de adquirir muitas garrafas ou não conta com muito espaço em casa para acomodá-los. “A definição se estabelece de acordo com o consumo”, declara a profissional.

Sob medida:

São perfeitas para os amantes de vinhos que possuem uma coleção extensa de rótulos e que regularmente adquirem um volume expressivo de caixas. Nesse caso, a estrutura conta com marcenaria planejada em ambientes próprios ou mesmo em um cômodo específico para a função. As profissionais relatam que o projeto demanda uma infraestrutura prévia, uma vez que a climatização envolve o uso de equipamentos específicos, isolamento térmico e a configuração personalizada.

“Nesse tipo de projeto, é preciso analisar os tamanhos das garrafas e até a forma de armazenamento, que vai variar de acordo com o tipo de vinho. Eles podem, por exemplo ser distribuídos em colmeias para várias garrafas, em espaços individuais ou em expositores mais personalizados”, diz Giselle.

Híbrida:

Também é possível mesclar os tipos de adegas, de maneira que o espaço se adéque aos diferentes tipos de vinhos, sempre mantendo a qualidade e o sabor de cada garrafa. “O vinho tinto, por exemplo, exige uma temperatura de armazenamento entre 14 e 16 °C, enquanto o espumante entre 6 e 8 °C. Por isso, o correto é termos espaços separados” analisa Patricia. 

Na hora de fazer uma adega em casa, é preciso verificar qual modelo melhor atende suas necessidades – Foto: Shutterstock

Estrutura

Diferentes necessidades pedem por estruturas diversas de adegas. O projeto de uma adega depende, por exemplo, do tamanho do projeto e do número de rótulos. Além disso, a dupla de profissionais também relaciona a necessidade de se conhecer as categorias de vinhos para que o projeto e o armazenamento não alterem o sabor.

Nas adegas comerciais, geralmente climatizadas, o grau de preocupação diminui. “Nesse caso, uma das preocupações é garantir que o ambiente disponhas de um ponto de energia”, diz Giselle.

Para projetos menores de clientes que colecionam poucas garrafas ou fazem um consumo de alta rotatividade, nichos acoplados ao restante da marcenaria são perfeitos para a otimização de espaço e facilidade de manutenção.

Localização

Sobre a localização da adega em casa, tudo depende das preferências e necessidades dos moradores. Para aqueles que desejam receber os convidados com vinho, a sugestão é apostar na localização na sala de estar.

Porém, uma verdade universal é que deve-se evitar a incidência direta de sol ou até mesmo luz na adega. “No caso das adegas climatizadas, existe a necessidade de se deixar espaço para circulação de ar de acordo com as recomendações de cada fabricante”, declara Patricia.

Ventilação

A ventilação é essencial quando o projeto não contar com um modelo climatizado de adega ou uma cúpula de vidro para proteger o acervo. Isso porque, a ausência de ventilação no entorno das garrafas pode fazer com que comece o aparecimento de fungos nas rolhas.

Caso a planta disponha de grandes metragens, é importante ainda considerar uma área para acomodar acessórios como taças, decanter e bancada de apoio para a abertura das garrafas.

“Existe todo um universo que precisamos idealizar. Havendo espaço, podemos pensar também no conceito de wine lounge, criando uma ambientação no entorno da adega. Uma área com poltronas é super bem-vinda”, orienta Patricia.

Dessa forma, a adega se torna mais do que o espaço onde os rótulos estão: ela acolhe, reúne e protagoniza momentos inesquecíveis em família ou com amigos.

Fonte: Giselle Macedo e Patricia Covolo, arquiteta e designer de interiores do escritório Macedo e Covolo.

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