Ibovespa sobe pelo quinto dia consecutivo, na contramão de NY

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Em sua quinta alta consecutiva, o Ibovespa fechou com avanço de 0,31%, a 117.560,83 pontos. O índice de ações ensaiou subir muito mais (1%, a 118 mil pontos), mas devolveu os ganhos com o peso do mau humor de Wall Street limitando as negociações.

Mais uma vez, as ações da Petrobras sustentaram parte do saldo positivo do Ibovespa, ainda na esteira da decisão da Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo mais a Rússia) de cortar a produção de petróleo em 2 milhões de barris por dia, cerca de 1,7% da oferta global.

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As ações ON e PN da estatal, que correspondem a pouco mais de 10% da composição do Ibovespa, subiram 3,41%, a R$ 32,10 os papéis PETR4, e as ações PETR3 ganharam 2,96%, a R$ 37,63.

Porém, a outra blue chip de peso do índice fez o contrapeso: Vale (VALE3) caiu 1,83%, a R$ 75,55.

Em relatório a clientes, a XP Investimentos destacou que o fluxo de investimento de capital estrangeiro na bolsa paulista voltou a subir, após o resultado do primeiro turno das eleições. Nos dois primeiros pregões de outubro, o saldo de capital externo no mercado secundário de ações do Brasil ficou positivo em R$ 3,7 bilhões, segundo dados da B3.

“Daqui para frente, o mercado doméstico deve continuar de olho nas movimentações dos candidatos, e principalmente em qualquer sinalização sobre a agenda econômica de cada governo”, diz o relatório da XP.

Enquanto acontece o rali de candidatos, alguns setores listados no Ibovespa avançam com a perspectiva de maiores chances de vitória de um candidato ou do outro.

“Com o Lula à frente, sabemos que o setor de educação é um dos principais beneficiados no governo”, diz Rodrigo Cohen, co-fundador da Escola de Investimentos, em justificativa para o avanço de Cogna (COGN3) e Yduqs (YDUQ3), em 6,85% e 4,98%, respectivamente.

O setor de varejo também foi destaque. Neste caso, segundo Cohen, a alta é resultado da precificação da expectativa do aumento de vendas com o fim do ano e com a proximidade da Black Friday. Dentre as varejistas, Via (VIIA3) subiu 8,03%, Americanas (AMER3) avançou 4,78% e Magazine Luiza (MGLU3) ganhou 4,88%.

Entre as principais quedas do Ibovespa ficaram os bancos, com Bradesco (BBDC4) e Itaú (ITUB4) com os maiores recuos, de 2,06% e 1,81%.

Em Wall Street, o viés negativo se impôs mais um dia, com os índices caindo após dados econômicos e declarações de autoridades do Federal Reserve (Fed) ocupando as atenções, em meio a receios de aumentos agressivos de juros e recessão econômica.

Os dados de seguro-desemprego nos EUA vieram acima do esperado, indicando uma piora no mercado de trabalho. Além disso, Lisa Cook, do Fed, disse apoiar “altas preventivas” dos juros contra a inflação que ele considera “teimosamente alta”.

“Se o resultado do payroll de amanhã ficar abaixo do esperado, isso pode sinalizar uma pausa na elevação dos juros pelo Fed”, afirma Cohen. “E isso já deve indicar uma queda de juros no mundo também”, complementa.

Enquanto o relatório de emprego não sai, os investidores se mantiveram cautelosos e o resultado foi os índices em queda. O Dow Jones perdeu 1,15%, a 29.926,47 pontos, o S&P 500 caiu 1,03%, a 3.744,40 pontos, e o Nasdaq recuou 0,68%, a 11.073,31 pontos.

O dólar lá fora subiu bastante. Houve uma alta de quase 1% do índice DXY, que é a cesta de moedas estrangeiras comparadas com o dólar. O movimento refletiu no Brasil e fez a moeda norte-americana fechar em alta de 0,50%, a R$ 5,2099.

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(Com Reuters)

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