As Cidades do Futuro, iniciativa do Aya Earth Partners, hub global com foco em ações e soluções que aceleram a transição net zero, impulsionam a economia nature-positive e fomentam a justiça climática, realizou, na última sexta-feira, um evento na Cidade Matarazzo que reuniu executivos e líderes de empresas mundiais para discutir propostas que serão capazes de transformar em até 10 anos grandes metrópoles como São Paulo em cidades inclusivas. O objetivo é que as metrópoles funcionem com o auxílio da tecnologia, promovendo também a sustentabilidade e a adesão da natureza em espaços tomados por prédios.
Representantes das Nações Unidas e empresas que fazem parte do World Bank Group estão reunindo esforços para apoiar e capacitar as cidades que estão na lista para se tornarem cidades do futuro. De acordo com a cofundadora da Aya Earth Partners, Patricia Ellen, além da participação de grandes empresas de diferentes segmentos é necessário ter uma movimentação de governadores e prefeitos para incluir essa agenda sustentável nos municípios.
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Patrícia também afirma que a inclusão da tecnologia é fundamental para colocar os cidadãos no centro das decisões e da priorização de políticas públicas, permitindo que muitos processos burocráticos não tenham a necessidade de deslocamento e possam atender as áreas da saúde, infraestrutura e segurança. “Nós temos uma grande oportunidade de alavancar a tecnologia para que possamos ter cidades mais verdes, mais sustentáveis e mais humanas […] a meta é melhorar a qualidade e o acesso de serviços em casa, fazendo com que as pessoas passem a se deslocar por outros motivos que não sejam exclusivamente resolver problemas.”, finaliza.
Segundo Leonardo Bichara Rocha, economista agrícola sênior do The World Bank, a população deseja ter espaços mais verdes nas cidades e que eles sejam também espaços integrados. “Através desse desejo é necessário que as empresas utilizem o conceito proposto para as cidades do futuro envolvendo a tecnologia, não somente com técnicas diferentes, mas que sejam técnicas com custos mais acessíveis para a população.”, reforça.
Quando questionado sobre as próximas gerações que irão usufruir das cidades do futuro, o economista acredita que neste momento é necessário envolver as novas gerações, conscientizando os institutos de ensino, as escolas e as universidades. “Elas precisam estar treinadas para questionar o que dá certo e o que dá errado, encontrando formas que irão beneficiá-las, além de ter a vontade de trabalhar nesses projetos.”, conclui Leonardo.
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