A Ferrari liderou a reinvenção da carrozzeria – termo usado para discriminar modelos únicos e de produção artesanal – no século 21, primeiro em 2004 e depois lançando a série Icona de veículos de produção estritamente limitados, tendo desenvolvido essa capacidade diligentemente nas últimas duas décadas.
Outras empresas produziram carros de série limitada, mas nenhuma outra combinou as capacidades da Ferrari com peças únicas, nenhuma outra conseguiu decifrar o código tão bem. Essa vantagem resulta de uma combinação (em primeiro lugar) de uma base de clientes bem estabelecida e vibrante. As capacidades avançadas da Ferrari em design assistido por computador não prejudicam, mas também são as capacidades inimitáveis dos italianos para produzir elementos únicos.
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O programa XX, focado no uso em pista e que trouxe carros como o FXX 2005, o 599 FXX 2009 e o FXX-K 2014, ajudou a desenvolver tais capacidades, livres de restrições legais nas estradas. Esses carros foram pioneiros em powertrain, calibração e avanços aerodinâmicos.
A série limitada 2014 F60 America para o mercado dos EUA foi precursora dos carros de série limitada Icona. Apenas dez foram construídos. O F60 America, em muitos aspectos, estabeleceu o padrão para as Ferraris de série única e limitada subsequentes. A Ferrari J50, uma série 10-off criada para comemorar o 50º aniversário da Ferrari vendendo carros no Japão, é outro exemplo.
Hoje a Ferrari revelou o SP51, um roadster único encomendado por um colecionador da Ferrari de Taiwan. Como o SP1 e SP2 de série limitada Icona antes dele, o SP51 é um roadster puro baseado na arquitetura e nos fundamentos do trem de força do 812, com motor V12.
O SP51 apresenta um tom único de vermelho, uma pintura azul e branca inspirada na Ferrari 410 S, de 1955, faróis e rodas exclusivos e, claro, a arquitetura fundamental e o trem de força da 812 GTS e da Superfast. E a Ferrari empregou programas computacionais de dinâmica de fluidos (CFD) para ajustar a aerodinâmica deste roadster único.
A criação de veículos únicos da Ferrari é iniciada pelo cliente. O desenvolvimento é guiado pelo chefe de design da Ferrari, Flavio Manzoni, que pode explorar recursos de engenharia e fabricação em toda a empresa.
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