Sem sinal de recuperação após a forte queda (-2,06%) de sexta-feira, o Ibovespa segue o mercado externo e recua 0,99%, aos 110.606 pontos, no início da sessão de hoje (26). O cenário é de aversão a risco global.
Investidores continuam abalados com as últimas notícias do mercado, se posicionando em meio a temores de que a política monetária agressiva do Federal Reserve levará a economia dos Estados Unidos à recessão.
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Meia dúzia de bancos centrais, entre EUA, Reino Unido, Suécia, Suíça e Noruega, aumentaram as taxas de juros nesta semana para combater a inflação. No entanto, foi o sinal do Fed de que espera que os juros altos durem até 2023 que pegou os mercados desprevenidos.
Os três principais índices de Wall Street sofreram fortes declínios semanais. O Nasdaq cedeu 5,03%, sendo a sua segunda semana consecutiva com perdas superiores a 5%, com o S&P 500 em queda de 4,77% e o Dow Jones -4%.
Nesta manhã, o Dow Jones futuro caía 0,27%, aos 29.588 pontos, o S&P 500 cedia 0,29%, aos 3.697 pontos, e o Nasdaq 0,06%, aos 11.368 pontos.
Beneficiado pela fuga de ativos de risco, o dólar sobe pelo segundo pregão consecutivo, depois de fechar a última sessão em alta de 2,59%, a R$ 5,2483 reais na venda – maior valorização diária desde 22 de abril (+4,07%) e maior patamar para encerramento desde o último dia 16 (R$ 5,2609).
No início da sessão de hoje, a moeda norte-americana tinha valorização de 1,07% frente ao real, a R$ 5,3040.
Na Ásia, as Bolsas registraram o quarto pregão consecutivo de queda. Em Tóquio, o Nikkei caiu 2,66% e Hong Kong, o Hang Seng cedeu 0,44%. Na China, o Xangai perdeu 1,20% e o Shenzhen, -0,75%. Em seul, o Kospi caiu forte, com desvalorização de 3,02% e em Taiwan, o Taiex recuou 2,41%.
No cenário doméstico, analistas consultados pelo Banco Central reduziram as projeções para a inflação e aumentaram a estimativa para o PIB deste ano pela 13ª semana consecutiva.
De acordo com o Boletim Focus, a expectativa para a taxa Selic foi mais uma vez mantida no nível atual de 13,75% para o final deste ano e em 11,25% para o final de 2023, após o BC ter interrompido seu ciclo de aperto monetário na quarta-feira passada, ponderando que não hesitará em retomar as altas nos juros se a redução da inflação não transcorrer como o esperado.
A mediana das projeções para o IPCA das instituições consultadas pelo BC caiu a 5,88% para 2022, de 6,00% há uma semana. Para 2023, a estimativa oscilou para 5,00%, de 5,01% antes. As variações acompanharam novamente a perspectiva de um cenário mais benigno para os preços administrados, em meio à redução dos preços de combustíveis: -4,42% em 2022 (-4,16% antes) e +5,58% em 2023 (+5,75% antes).
Os analistas esperam agora um crescimento de 2,67% do Produto Interno Bruto este ano, ligeira melhora em relação aos 2,65% previstos na semana passada. A estimativa para 2023 foi mantida em crescimento de 0,50% pela segunda semana seguida.
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(Com Reuters)
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