Por não ser tão quente quanto o verão e nem tão fria quanto o inverno, a primavera é uma estação que desperta muitas dúvidas quando o assunto é cuidados com a pele. Afinal de contas, é preciso usar ácidos nessa temperatura? E a fotoproteção e a hidratação, é preciso reforçar ou não?

Mas você não precisa se preocupar! Para te ajudar a cuidar muito bem da pele também na primavera, trouxemos informações importantes que você deve levar em consideração durante a estação mais florida do ano. Confira:

Essa é uma estação de transição

Nem tão fria a ponto de causar ressecamento, nem tão quente para deixar a pele brilhosa o tempo inteiro, a primavera é bem equilibrada. Porém, isso não quer dizer que devemos descuidar da hidratação, viu? Por isso, é importante descobrir os melhores ativos e veículos para sua pele e, assim, começar a passar os produtos mais adequados nela nessa estação.

“Por exemplo, o melhor veículo para pele oleosa é o sérum ou o gel. O creme, por sua vez, é ideal para a pele seca. Já as peles sensíveis, como aquelas que apresentam rosácea, necessitam de ativos calmantes, enquanto as peles oleosas devem ser tratadas com ativos seborreguladores”, explica a Dra. Paola Pomerantzeff, dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Além disso, Paola ainda indica investir bastante nos antioxidantes, que podem ajudar a prevenir e reverter danos causados pela radiação solar.

Aposte nas frutas

Ainda pensando na hidratação e na necessidade de reforçá-la um pouco após o inverno, uma dica, além de ingerir líquidos, é consumir frutas ricas em água e vitaminas capazes de conferir benefícios à pele.

Boas opções para consumo nessa estação, nesse sentido, são frutas como a melancia, o melão e o abacaxi, pois são 90% compostas de água.

A melancia é uma das frutas que podem ajudar na hidratação da pele — Shutterstock

“A melancia, devido a sua composição rica em carotenoides como o licopeno, é uma ótima opção para ajudar a proteger a pele dos danos oxidativos causados pelo sol e assim evitar o envelhecimento precoce do tecido cutâneo. O melão, por sua vez, é rico em minerais, vitaminas como a C, carotenoides e polifenóis que trazem benefícios e proteção à pele e anexos cutâneos, como unhas e cabelo”, diz a Dra. Marcella Garcez, médica nutróloga e diretora e professora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).

Já o abacaxi é uma das frutas com maior teor de vitamina C. Assim, ele é perfeito para proporcionar brilho, unificar o tom da pele e conferir ação antioxidante potente, pois também é rico em vitamina E.

Use os ácidos com cautela

Como estamos falando de um período de transição de temperatura, ainda dá para usar ácidos na pele, desde que orientados pelos médicos. “Os ácidos estimulam a renovação celular da camada mais externa da pele, diminuindo a coesão das células e reduzindo a espessura da camada de queratina, o que torna a pele mais luminosa e com uma textura mais uniforme”, explica o Dr. Daniel Cassiano, dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Nesse sentido, você pode usar os ácidos retinoico e glicólico, além dos retinoides, por exemplo, mas com cautela. “Quando a rotina de cuidados com a pele é prescrita pelo médico dermatologista, o profissional tem a capacidade de orientar o uso correto dos ácidos renovadores, com aplicação após hidratantes, concentração e frequência adequadas e opções menos irritativas”, diz o especialista.

Além disso, o Dr. Daniel Cassiano recomenda usar filtros solares tonalizados para se proteger da radiação UV e da luz visível quando estiver usando ácidos. Já se você ainda não se sentir segura para usar os ácidos durante a primavera, a dica é substituí-los pelos esfoliantes.

Reforce a fotoproteção

Se até no inverno a fotoproteção é importante, quanto mais na primavera, com o aumento das temperaturas, não é mesmo? Assim, não deixe o protetor solar de lado nessa estação apenas porque ainda não está tão quente quanto no verão.
Sobre a escolha do protetor solar, o ideal, para que ele cumpra seu objetivo, é que o produto tenha FPS maior ou igual a 30.

Fonte: Dra. Paola Pomerantzeff, dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia graduada em Medicina pela Faculdade de Medicina Santo Amaro; Dr. Daniel Cassiano, dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia Doutor em medicina translacional pela UNIFESP; e Dra. Marcella Garcez, médica nutróloga e diretora e professora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN) Mestre em Ciências da Saúde pela Escola de Medicina da PUCPR.