De trainee ao topo: diretora da Basf diz o que é essencial para subir

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Tatiana Kalman, líder da divisão de personal care da Basf para Europa, soube esperar o momento certo para fazer um movimento na carreira

Depois de seis anos trabalhando na química alemã Basf, Tatiana Kalman precisou tomar uma decisão, depois de 21 anos da companhia. Aceitar uma promoção na área financeira – onde possivelmente também seria promovida em seguida -, ou esperar uma nova vaga na área de vendas, seu principal objetivo profissional. Ela escolheu esperar até que a segunda opção se concretizasse e acaba de assumir a unidade de negócios Personal Care da Basf responsável Europa e África e a diretoria administrativa do setor, ela diz que não faria nada diferente.

As decisões de carreira, segundo ela, devem ser tomadas pensando no médio prazo, no que se quer estar fazendo nos próximos 10 anos. “Construa de maneira sólida e consistente uma carreira que vai trazer a base para você chegar aonde você quer, aproveitando a jornada”, diz ela.

O C-Suite desta semana também traz movimentações nas áreas de finanças, tecnologia e saúde. Adrian Cockcroft é o primeiro tech advisor do Nubank, Claudia Muchaluat assume a diretoria geral da Intel no Brasil e Glauco Chagas é o novo superintendente executivo da Unimed Brasil.

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Forbes: Quais qualidades você busca em um profissional da sua área hoje?

Tatiana Kalman: A primeira coisa que eu busco são pessoas em quem eu confio e eu normalmente começo confiando. Isso também é uma característica muito latina, a gente começa confiando enquanto em países europeus você constrói a confiança ao longo do tempo. Eu consigo trabalhar das duas maneiras mas, de uma maneira ou de outra, eu tenho que ter pessoas nas quais eu confio e com atitude e otimismo. A segunda coisa que eu faço é buscar um time diverso em todos os sentidos: maneira de pensar, formação, graduação e conhecimento técnico, com diferentes olhares e experiências.

F: O que as experiências internacionais trouxeram para a sua carreira?

TK: Trouxe um olhar mais diverso em relação às diferentes culturas, necessidades e momentos. Quando cheguei nos Estados Unidos, me chamou a atenção o fato de que eles estão muito à frente do Brasil e da América do Sul no tema de diversidade e inclusão. E quando eu vim para a Europa, a primeira coisa que me saltou os olhos foi o quanto eles dão valor para a sustentabilidade. Cada dia eu descubro um tipo de lixo diferente que tem que separar. Isso tudo traz uma bagagem enorme porque a gente começa a olhar as coisas de perspectivas diferentes, agregando conhecimento e tendo uma visão mais ampla do mundo.

F: O que você recomenda em termos de formação, experiência e bagagem para quem quer fazer carreira internacional?

TK: A primeira coisa que eu recomendo, independentemente da carreira ser internacional ou não, é fazer o que você gosta. Não faça alguma coisa porque você quer aquela posição ou a carreira internacional. Curta a jornada porque ela é tão importante quanto a chegada. E porque você vai estar sempre na jornada e se não curtir, vai ser muito difícil performar, entregar resultado e chegar aonde você quer. E viva o presente e as coisas vão acontecendo. É claro que é importante deixar claro o que nós queremos e ver se casa com os planos da empresa, mas não pensar só no futuro é muito importante, aproveitar o hoje e fazer o que a gente gosta.

F: Você começou na BASF como trainee. Como se destacar na empresa no início da carreira?

TK: Curiosidade. No início da carreira, eu não tinha vergonha de perguntar e de me conectar com as pessoas. E como trainee você tem a chance de conhecer várias áreas e várias pessoas da empresa e eu aproveitei essa oportunidade. Você conhece a dinâmica da empresa, os valores fundamentais dela e um pouco do como o negócio funciona. O mais importante nesse começo é ouvir e perguntar.

Por quais empresas já passou

Optimo’s / Kaliman, Trikem (atual Braskem) e BASF

Formação

Economista formada pela FAAP e Mestre em economia pela PUC – SP

Primeiro emprego

“Faz tudo” em Optimo’s e Pousada Kaliman

Primeiro cargo de liderança

Em 2006, como gerente de vendas de químicos industriais na BASF

Tempo de carreira

27 anos











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