A região centro-sul do Brasil caminha para uma recuperação das produtividades não só nesta safra, mas também na próxima (2023/24, abril/março), após o setor sofrer uma “hecatombe” climática na temporada anterior, afetada por seca e geadas, segundo apresentações de especialistas hoje (20).
A produtividade na temporada atual 2022/23 deverá atingir 71 toneladas de cana por hectare, acima das 68 da temporada passada (21/22), mas ainda abaixo do ciclo anterior (20/21), quando somou 77 toneladas por hectare, segundo dados da empresa de assessoria de projetos FG/A, apresentados na conferência da NovaCana.
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Para a temporada seguinte (23/24), a expectativa é de que a produtividade fique em 78 toneladas por hectare, o que levaria a safra da principal região produtora do Brasil a patamares acima de 600 milhões de toneladas, o que aconteceu pela última vez em 20/21, apontou a FG/A, que vê a moagem no ciclo atual em 547 milhões de toneladas, acima das 523 milhões da temporada passada.
Na mesma linha, o Pecege, ligado à USP, projeta produtividade agrícola passando de 67,8 toneladas/hectare na safra passada para 73,1 t/ha na temporada atual e depois avançando para 76,6 t/ha no ciclo seguinte.
Conforme o gestor de projetos do Pecege, Haroldo Torres, além da expectativa de melhora climática, a adoção de novas variedades de cana é progressiva no setor, proporcionando melhores produtividades.
Além disso, a geração de caixa das últimas safras contribuiu para avanço dos investimentos em manejo e tecnologia, por exemplo.
Na véspera, a consultoria StoneX estimou um aumento de 4,2% na produtividade na próxima safra, para 75,5 toneladas de cana por hectare.
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