Já faz alguns anos que os principais contos da Disney têm ganhado forma humana através dos filmes conhecidos como live-action. Assim, a produtora tem investido forte em trazer para a realidade os clássicos infantis. Dessa vez, a grande estreia será ‘A Pequena Sereia’ com protagonismo da atriz Halle Bailey e um acumulado de críticas racistas.
Quando, lá atrás, anunciaram que Halle, uma mulher negra, viveria Ariel — representada nos desenhos como uma sereia branca —, as reações negativas já começaram. Entretanto, com a divulgação da primeira prévia do filme, a web recebeu uma enxurrada de comentários negativos com relação à cor da protagonista.
A tal da representatividade
Porém, enquanto alguns adultos torciam o nariz, existia um outro lado da internet encantado em ver que a Pequena Sereia havia mudado: o das crianças negras. “Faz parte de um racismo estrutural ver o negro em um personagem de serviçal, pois isso faz parte da época da escravidão. Já vê-lo em papel principal, começou a ocorrer há poucos anos”, argumenta a psicóloga e terapeuta Lala Fonseca.
Segundo a psicóloga, a maioria das críticas vieram justamente pela falta de identificação. Ou seja, de pessoas que não se viam representadas pela atriz escolhida. Mas vale lembrar que as princesas da Disney são, em grande maioria, brancas.
Como abordar o assunto
“Os pais precisam mostrar que independentemente da etnia ou de qualquer diferença, temos um papel importante. Temos o direito em ter escolhas e podemos influenciar na vida de outras pessoas”, orienta Lala.
Dessa forma, a terapeuta conclui dizendo que essas dificuldades devem sempre ser superadas, se tornando, assim, uma qualidade. Com isso, os pais devem abordar a importância daquela representatividade não só no filme ‘A Pequena Sereia’, mas em todos os cenários.
Fonte: Lala Fonseca, psicóloga clínica e terapeuta cognitiva comportamental.