Depois de um dia sombrio para os mercados acionários, causado pelo nervosismo sobre altas fortes dos juros nos Estados Unidos, o Ibovespa segue em movimento de queda. Após cair 2,30% na véspera, o principal índice da Bolsa brasileira iniciou a sessão de hoje (14) com desvalorização de 0,35%, aos 110.408 pontos, por volta das 10h20 (horário de Brasília).
O cenário é diferente nos futuros de Wall Street, com o mercado em busca de uma recuperação depois de registrar o pior dia desde junho de 2020. O tombo de 4,32% do S&P 500, 5,16% do Nasdaq e 3,94% do Dow Jones se deu após os Estados Unidos divulgarem que a inflação no país subiu 0,1% em agosto ante julho.
O dado fortaleceu as apostas de que o Federal Reserve (banco central norte-americano) poderia avançar com o terceiro aumento consecutivo de 75 pontos-base no juro na próxima semana.
Atualmente, os mercados estão precificando a chance de 37% de um aumento maciço de 100 pontos-base pelo banco central e esperam que as taxas atinjam um pico de 4,34% até março de 2023.
Hoje, o foco se volta para dados do índice de preços ao produtor. O Índice de Preços ao Produtos (IPP) do país apresentou leve queda de 0,1% em agosto em relação ao mês anterior e ficou dentro das expectativas do mercado.
O Dow Jones futuro operava em leve alta de 0,20%, aos 31.274 pontos, o S&P 500 subia 0,31%, aos 3.962 pontos, e o Nasdaq +0,37%, aos 12.161 pontos.
O dólar caía 0,26% frente ao real, a R$ 5,1740, depois de uma disparada na véspera.
Na Ásia, as Bolsas refletiram aos dados de inflação dos EUA e encerraram o dia em queda. Em Tóquio, o Nikkei perdeu -2,78% e em Hong Kong, o Hang Seng caiu 2,48%.
Na China, o Xangai recuou 0,80% e o Shenzhen desvalorizou 1,14%. Em Seul, o Kospi teve desvalorização de 1,56% e,em Taiwan, o Taiex teve queda de 1,59%.
No cenário interno, as vendas no varejo brasileiro recuaram em julho, na terceira queda seguida na comparação com o mês anterior, contrariando expectativa de crescimento e apontando retração em sete das oito atividades pesquisadas, mostraram dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
As vendas caíram 0,8% sobre junho, em dado com ajuste sazonal, maior retração para o mês desde 2018 (-0,9%). Na comparação com julho do ano passado, o varejo encolheu 5,2%.
A expectativa em pesquisa da Reuters era de alta de 0,30% na comparação mensal e de queda de 3,50% sobre um ano antes. (Com Reuters)
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