Depois de registrar três altas consecutivas, o Ibovespa iniciou a sessão de hoje (6) em queda de 1,19%, aos 110.868 pontos, por volta das 10h20 (horário de Brasília). O principal índice da Bolsa brasileira opera na contramão dos futuros de Wall Street e do mercado europeu, que tentam reverter parte de suas recentes perdas.
No cenário doméstico, investidores repercutem a fala de ontem (5) do presidente do Banco Central. Em entrevista ao Valor Econômico, Roberto Campos Neto disse que não pensa em queda de juros neste momento e sim em convergir a inflação, ressaltando que a situação inspira cuidados e que a batalha contra a alta de preços no país não está ganha.
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Ele ainda destacou que grande parte do efeito positivo observado recentemente nos dados de inflação é fruto de medidas do governo, reforçando que a atual estratégia do Banco Central permanece igual a apresentada em agosto pelo Comitê de Política Monetária (Copom), de que seguirá vigilante e analisará um possível ajuste final na taxa Selic neste mês.
Segundo ele, o BC “continua navegando em um ambiente de alta incerteza”, citando questões ainda em aberto envolvendo políticas do governo, como a fonte de financiamento para o Auxílio Brasil turbinado em 2023 e a continuidade das desonerações sobre combustíveis.
Entre os indicadores econômicos, mais cedo a FGV IBRE divulgou que o Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) do FGV IBRE voltou a subir em agosto, após ligeira queda no mês anterior, e atingiu o maior patamar em nove meses.
O IAEmp, que antecipa os rumos do mercado de trabalho no Brasil, subiu 1,2 ponto em agosto, para 82,3 pontos, maior nível desde novembro, quando chegou a 83,0 pontos. Os dados, segundo o FGV IBRE, indicam continuidade da recuperação do mercado de trabalho.
Em Wall Street, os índices futuros operam em alta na volta do feriado do Dia do Trabalho, que manteve as Bolsas fechadas ontem. Nesta manhã, o Dow Jones sobe 0,64%, aos 31.510 pontos, o S&P 500 avança 0,63%, aos 3.949 pontos e o Nasdaq +0,55%, aos 12.171 pontos.
O mercado norte-americano começou o mês de setembro de forma fraca, com comentários agressivos dos formuladores de política monetária do Federal Reserve e dados que sinalizam o impulso na economia dos EUA levantando temores de aumentos agressivos da taxa de juros para esfriar a inflação.
O dólar comercial apresenta alta frente ao real, com valorização de 0,95%, aos R$ 5,2033.
Na Europa, as Bolsas também apresentam alta, revertendo parte das perdas da véspera. Por lá, o mercado observa os desafios econômicos, agravados após a Rússia interromper indefinidamente o fornecimento de gás pelo gasoduto Nord Stream 1, em resposta às sanções ocidentais. A medida traz risco de uma recessão na Zona do Euro.
Na China, as Bolsas subiram mais de 1%, impulsionadas pelas medidas do Banco Central Chinês, que decidiu cortar a taxa de compulsório bancário em 2 p.p., a 6%, para estimular a economia local.O índice Xangai encerrou o dia com alta de 1,36% e o Shenzhen subiu 1,21%.
Já em Tóquio, o Nikkei fechou praticamente estável, com variação positiva de 0,02% e, em Hong Kong, o Hang Seng recuou 0,12%. Em Seul, o Kospi subiu 0,26% e, em Taiwan, o Taiex avançou 0,11%. (Com Reuters)
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