Euro cai para mínima de 20 anos após Putin interromper fluxos de gás para a Europa

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Antes da guerra, a Europa dependia da Rússia para cerca de 40% de seu gás natural

O euro caiu para a mínima de duas décadas em relação ao dólar na manhã de hoje (5), enquanto os preços do gás dispararam e os principais índices de ações europeus caíram com a notícia de que a Rússia havia interrompido o fluxo de gás, aprofundando os temores de uma crise de energia iminente no inverno.

O euro caiu abaixo de US$ 0,99 pela primeira vez em 20 anos hoje, marcando a última queda da moeda em relação ao dólar nos últimos meses após a invasão da Ucrânia pela Rússia.

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A libra, uma das moedas com pior desempenho neste ano, caiu para US$ 1,14 nesta manhã, seu nível mais baixo em relação ao dólar desde março de 2020.

As ações europeias também caíram, com o Dax, da Alemanha, perdendo 2,14%, o CAC, da França, 1,15% e o Ibex, da Espanha, 1,01%, por volta das 11h45, horário de Brasília.

Os preços do gás natural na Europa subiram e o TTF holandês de outubro – uma importante referência europeia – saltou 30% na manhã de hoje.

Os preços do gás na Europa subiram para € 282 por megawatt hora, abaixo do recorde de agosto, após a Rússia anunciar outra rodada de manutenção no gasoduto Nord Stream 1. Após a última turbulência e o fechamento indefinido, os analistas esperam que os preços do gás atinjam novos recordes nesta semana.

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A empresa de energia estatal russa Gazprom anunciou na sexta-feira (2) que o oleoduto Nord Stream 1, que havia sido fechado para trabalhos de manutenção, permaneceria fechado indefinidamente após a suposta descoberta de um vazamento de óleo.

O conduto é o maior gasoduto da Rússia para a Europa e autoridades de todo o bloco acusam Moscou de armar suprimentos de energia para retaliar as sanções ocidentais por invadir a Ucrânia.

Antes da guerra, a Europa dependia da Rússia para cerca de 40% de seu gás natural. Cortes no fluxo de gás, bem como paralisações repetidas pioraram o mercado já turbulento.

O aumento dos preços e a diminuição da oferta desencadearam uma crise de energia na Europa e os países temem um inverno difícil pela frente, marcado por racionamento e escassez de energia.

O Kremlin nega veementemente que esteja fazendo política com seus recursos – a paralisação indefinida foi anunciada logo após as nações concordarem em limitar os preços das exportações de petróleo russas – e culpa as sanções por não conseguirem atender adequadamente os equipamentos.

Autoridades europeias contestam essa interpretação das sanções e a Siemens, que mantém o equipamento que a Rússia alega estar com defeito, diz que a questão descrita não deve interromper as entregas de gás.

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