Seguindo com a estratégia adotada há alguns meses em investir no cenário de games e e-sports, o Magazine Luiza lançou na quarta-feira, (24), por meio de sua plataforma Magalu Games, seus três primeiros títulos para smartphones. O Orbits Conqueror, o Speed Box e o Death Trap Nite. Os três jogos foram vencedores de uma chamada pública, aberta pelo Magalu em parceria com o BIG Festival em novembro de 2021, com o objetivo de apoiar estúdios brasileiros com recursos financeiros e mentoria.
Em 2021, o mercado de games movimentou US$ 2,3 bilhões no Brasil, segundo a Newzoo, consultoria especializada no setor. No mundo, foram US$ 180 bilhões de dólares. Cerca de 93 milhões de pessoas no Brasil usam celular, computador ou videogame para jogar. Segundo o instituto de pesquisas Kantar Ibope, o Brasil tem a sexta maior média diária de tempo de jogo do mundo.
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“O Brasil tem um enorme potencial não só como consumidor, mas como polo desenvolvedor de games”, afirma Thiago Catoto, diretor do Luizalabs, área de tecnologia do Magalu. De acordo com Catoto, o selo Magalu Games tem sinergia com vários segmentos de negócios do grupo. “Podemos aproveitar os jogos para levar mais audiência para o superapp, por exemplo, assim como podemos explorar o potencial de publicidade”, diz. Um dos próximos passos da estratégia do Magalu é incluir um espaço para games em seu superspp, além de colocar sua plataforma de publicidade, o Magalu Ads, dentro dos jogos.
No ano passado, apenas os jogos da categoria hipercasual registraram cerca de 13 bilhões de downloads em todo o mundo. A receita do segmento chegou a US$ 3,4 bilhões no mesmo período, com crescimento de 15% em relação a 2020. De acordo com Catoto, no entanto, os games do tipo passatempo fazem parte da primeira etapa de um plano mais ambicioso da companhia. A ideia é criar jogos mais complexos, e que são jogados em computadores e consoles.
O que sinaliza esse movimento?
Para Andrea Dietrich, especialista em varejo e inovação, o movimento do Magalu é muito mais associado a de uma empresa de tecnologia, do que de varejo. “O Magalu segue os passos de gigantes como Amazon e inova no varejo brasileiro. Com essa estratégia consegue fortalecer alguns dos pilares-chaves das marcas dos novos tempos: senso de comunidade, visão de ecossistema, valorização do local (da indústria brasileira) e atuação como plataforma de mídia”.
Alessandro Sassaroli, fundador da Sassahub e especialista em games, reforça que o cenário de jogos eletrônicos no Brasil é cada vez mais importante e vem atraindo, inclusive, players de outros segmentos. “Gosto de pensar assim quando vejo o movimento feito pelo Magalu Games. Fomentar o ecossistema de desenvolvimento de games no país é apenas uma tímida parte do que está em jogo aqui. A vida do brasileiro passa pelo celular. Muito do tempo no aparelho, é jogando. E quem joga, consome. Ao estar nesse momento de atenção e imersão do consumidor – ou seja, jogando – o Magalu tem a oportunidade de conectá-lo a jornadas de compra e conteúdo da marca.”
Investimento no cenário gamer
Desde 2021, o Magalu vem investindo no cenário gamer. A compra do Jovem Nerd – principal produtora brasileira de conteúdo para o público geek – foi um dos principais movimentos nessa área. Ao adquirir o JN, em abril de 2021, a companhia também se tornou proprietária de itens de propriedade intelectual que devem se transformar em um jogo eletrônico a ser lançado até 2023.
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O maior movimento da empresa no mercado gamer foi a aquisição, em julho do ano passado, do KaBuM!, e-commerce de tecnologia direcionado a fãs e profissionais de jogos eletrônicos. O KaBuM! é também um dos precursores dos e-sports no Brasil. E criou uma das maiores equipes de League of Legends do país, a KaBuM! Esportes, tetracampeã nacional e a primeira representante brasileira no campeonato mundial.
Já a união da NSE, braço de e-sports da Netshoes, empresa pertencente ao grupo, com a e-Flix, plataforma de gestão de times de e-sports, deu origem à Netshoes Miners, que tem equipes de FIFA e Free Fire.
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