Petrobras lidera ranking mundial de pagadores de dividendos; veja lista

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Paulo Whitaker/Reuters

Levantamento é da da gestora global Janus Henderson.

A Petrobras (PETR3; PETR4) e as empresas brasileiras impulsionaram um novo recorde de pagamentos globais de dividendos no segundo trimestre de 2022, segundo um levantamento da gestora global Janus Henderson. 

No período, a estatal distribuiu aos investidores US$ 9,7 bilhões (valor acima do US$ 1 bilhão do ano passado) em lucros e, com isso, se tornou a maior pagadora de proventos até o momento. A petrolífera ultrapassou companhias como Nestlé, Rio Tinto, Mercedes Benz e Microsoft. 

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Os dividendos de empresas nacionais incluídas no índice global da gestora atingiram US$ 10,4 bilhões no segundo trimestre de 2022, resultado acima dos US$ 4,2 bilhões no segundo trimestre do ano passado – valor recorde desde que o levantamento começou a ser feito. 

Além da Petrobras, JBS (JBSS3) e Bradesco (BBDC4) também aparecem no índice, com pagamentos de US$ 465 milhões e US$ 219 milhões no segundo trimestre, respectivamente. 

Alta das commodities impulsiona mercados emergentes

A pesquisa mostra que os altos preços das commodities levaram os dividendos dos mercados emergentes a novos recordes. 

O aumento dos preços do petróleo levou a um crescimento de US$ 14 bilhões nos dividendos distribuídos, metade dos quais veio da Petrobras, e grande parte do restante da colombiana Ecopetrol. As duas são as únicas empresas latino-americanas no Top 10 da Janus Henderson.

Os fortes números seguem a tendência de um 2021 “muito lucrativo”, segundo a gestora. No período, as empresas aproveitaram o aumento das vendas e a expansão das margens de lucro devido à crescente demanda pós-pandemia. 

No total, 94% das empresas aumentaram os pagamentos ou os mantiveram estáveis no segundo trimestre.

Expectativa global para os próximos meses

A gestora agora espera que os pagamentos de 2022 atinjam US$ 1,56 trilhão, o que significa um crescimento de 5,8% ano a ano. 

“O segundo trimestre foi um pouco acima das nossas expectativas, mas é improvável que vejamos um crescimento tão forte no resto do ano. Muitos dos ganhos fáceis já foram obtidos, pois a recuperação da Covid-19 está quase completa. Também estamos enfrentando uma economia global significativamente mais lenta e o vento contrário da força do dólar americano”, diz Ben Lofthouse, Head de Global Equity Income da Janus Henderson.

O especialista explica que algumas áreas devem continuar gerando pagamentos de dividendos significativamente maiores do que a média global. 

“Na América Latina, a continuidade dos preços fortes e o aumento dos ganhos em moeda local devido à forte valorização do dólar – que é a moeda global para todas essas indústrias de exportação – devem manter os fluxos de caixa locais em níveis historicamente altos”, acrescenta Lofthouse no relatório. 

Veja o ranking completo:

Petrobras (Brasil)
Nestlé (Suíça)
Rio Tinto (Austrália)
China Mobile Limited (China) 
Mercedes-Benz Group (Alemanha)
BNP Paribas (França)
Ecopetrol S.A (Colômbia)
Allianz SE (Alemanha)
Microsoft Corporation (Estados Unidos) 
Sanofi (França)

Valor total de dividendos distribuídos: US$ 61,7 bilhões

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