O calor extremo na China segue provocando prejuízos, apesar das temperaturas mais baixas em algumas regiões, com as autoridades da bacia do rio Yangtze lutando para limitar os danos das mudanças climáticas para o setor de energia, plantações e pecuária.
A onda de calor da China, que se estende por mais de 70 dias, é a mais longa já registrada, com cerca de 30% das 600 estações meteorológicas ao longo do Yangtze registrando suas temperaturas mais altas da história.
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A região sudoeste de Chongqing foi especialmente atingida, com um morador, Zhang Ronghai, dizendo que tanto sua água quanto sua energia foram cortadas após um incêndio de quatro dias no distrito de Jiangjin.
“As pessoas precisam ir a um centro de energia a mais de 10 quilômetros de distância para carregar seus telefones”, disse Zhang.
O departamento de agricultura de Chongqing também elaborou medidas de emergência para proteger criações em mais de 5 mil granjas de suínos em grande escala, que enfrentaram “severos desafios” como resultado do calor, disse a mídia estatal.
Danos às plantações e escassez de água podem “se espalhar para outros setores relacionados a alimentos, resultando em um aumento substancial de preços ou uma crise alimentar no caso mais grave”, disse Lin Zhong, professor da Universidade da Cidade de Hong Kong que estudou o impacto das mudanças climáticas na agricultura na China.
O Centro Meteorológico Nacional da China rebaixou seu alerta nacional de calor para “laranja” na quarta-feira após 12 dias consecutivos de “alertas vermelhos”, mas as temperaturas ainda devem exceder 40ºC em Chongqing, Sichuan e outras partes da bacia do Yangtze.
Uma estação meteorológica em Sichuan registrou uma temperatura de 43,9°C, a mais alta já registrada na província, disseram meteorologistas oficiais em seu canal Weibo.
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