O governo brasileiro avalia que a China abriu seu mercado ao farelo de soja do Brasil, mas ainda faltam alguns procedimentos para os embarques efetivamente ocorrerem, disse o Ministério da Agricultura, citando um avanço nas negociações para um comércio longamente esperado.
Ao comentar reportagem publicada antes pelo Estadão, o ministério brasileiro confirmou hoje (28) que o mercado de farelo de soja “foi aberto” pelos chineses, mas disse que “faltam ainda alguns procedimentos operacionais”, como registro de empresas, por exemplo.
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A China é o maior comprador de soja do Brasil, que, por outro lado, sempre enfrentou dificuldades técnicas e burocráticas para entrar no mercado de farelo chinês. Historicamente, o maior comprador do derivado de soja brasileiro, usado na fabricação de ração, é a União Europeia.
Procurada, a associação que representa as tradings e processadoras de soja, a Abiove, não comentou o assunto imediatamente.
O ministério brasileiro citou um anúncio durante reunião da COSBAN (Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Coordenação), em 23 de maio, em que Brasil e China estavam “finalizando as negociações para exportações brasileiras de farelo de soja, proteína concentrada de soja, polpa cítrica e soro fetal bovino”.
Durante a cúpula da COSBAN já havia sido anunciada também a conclusão das negociações para exportações de milho e amendoim do Brasil.
Nesta semana, o ministro da Agricultura brasileiro, Marcos Montes, disse que o país está rediscutindo um protocolo sobre embarques de milho com o governo da China para permitir a entrada do cereal no país asiático já neste segundo semestre.
Segundo ele, o acordo inicial previa a exportação de milho brasileiro da próxima temporada, mas novas conversas podem permitir embarques da safra de 2022.
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