O mercado global de celulose segue apresentando uma equação favorável aos produtores da commodity e as sucessivas altas de preços do produto nos últimos meses foram totalmente implementadas sem prejudicar a demanda, afirmaram hoje (28) executivos da Suzano.
“A demanda continua forte na Europa e América do Norte… Na China, a produção de papel deve continuar apresentando números fortes. A entrada de pedidos (de celulose) deve continuar elevada”, afirmou o diretor comercial de celulose da Suzano, Leonardo Grimaldi, em teleconferência com analistas do setor.
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O executivo explicou que a oferta de transporte para celulose no mundo ainda segue apertada e que a guerra na Ucrânia segue causando impactos de redução de capacidade produtiva, enquanto a demanda forte pela commodity no mundo mantém o nível dos estoques no mercado sob restrição.
“Ainda estamos operando com níveis de estoques de celulose abaixo do nível ótimo”, disse Grimaldi sobre a Suzano.
A companhia divulgou na véspera resultado positivo para o segundo trimestre e ainda um novo programa de recompra de ações, que vem dois meses após o anúncio de outra recompra, em meio a uma geração de caixa acima do esperado.
Questionado sobre o novo programa, o diretor financeiro da Suzano, Marcelo Bacci, afirmou durante a teleconferência que a companhia já executou até agora 75% da primeira recompra e que um novo programa é a melhor opção de retorno para o capital disponível no caixa da empresa, que somava 20,3 bilhões de reais ao fim de junho.
“É um movimento estratégico”, disse Bacci. “Estamos gerando mais caixa e acreditamos que as recompras têm retornos muito elevados”, acrescentou o executivo.
O presidente da Suzano, Walter Schalka, afirmou que o conselho de administração da companhia ainda não aprovou um projeto de expansão de produção de papel tissue no Espírito Santo orçado em 600 milhões de reais e anunciado no fim de junho.
“Prevejo que vamos seguir com este investimento, que vai criar valor para os acionistas”, afirmou Schalka.
Por volta de 11:25, as ações da Suzano cediam 1%, a 46,38 reais, enquanto o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, cedia 0,4%.
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