O JPMorgan elevou sua projeção para o patamar da taxa Selic ao final do atual ciclo de aperto monetário do Banco Central a 14,0%, em meio a cenário de resiliência da atividade econômica e persistência de pressões inflacionárias.
Agora, o banco norte-americano espera que os juros básicos sejam elevados em 0,50 e 0,25 ponto percentual, respectivamente, nas reuniões de agosto e setembro do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC. Sob cenário anterior, a previsão era de que a Selic –atualmente em 13,25% ao ano– seria estacionada em 13,75% no encontro do mês que vem.
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Essa revisão é justificada por “perspectiva econômica de crescimento sólido do PIB até agora, expectativas de inflação crescentes e estímulo fiscal adicional” por parte do governo brasileiro, disse o JPMorgan em relatório com data desta quarta-feira, assinado por Vinicius Moreira e Cassiana Fernandez.
Os especialistas acrescentaram que é “difícil descartar” um aperto monetário ainda mais agressivo em setembro, de 0,50 ponto, já que ameaças político-fiscais podem piorar o balanço de riscos para as projeções de inflação.
“Ao mesmo tempo, uma desaceleração mais pronunciada do crescimento econômico global e local –se acompanhada de pelo menos alguma acomodação nas expectativas de inflação– poderia levar o BC a interromper o ciclo de aperto mais cedo, mas por enquanto acreditamos que a probabilidade desse risco é inferior”, disse o JPMorgan.
O credor privado espera que o Banco Central repita no comunicado de política monetária de sua próxima reunião a indicação de que manterá os juros elevados por período prolongado. O Copom se encontra na semana que vem, nos dias 2 e 3 de agosto.
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