A transição para energia limpa na China continuará apesar dos desafios à segurança energética global representados pelo conflito na Ucrânia e um retorno ao carvão na Europa, e o país continua no caminho certo para cumprir suas metas de emissão de carbono, disseram autoridades do setor de energia hoje (27).
A China, maior consumidor de energia e emissor de gases do efeito estufa do mundo, está pronta para expandir a fatia de energia de combustíveis não-fósseis no consumo geral por uma média de 1% ao ano até 2030, disse Zhang Jianhua, diretor da Administração Nacional de Energia, em entrevista coletiva em Pequim.
“Sob as condições apertadas de fornecimento de energia no ano passado e o retorno à energia de carvão em muitos países europeus, o desenvolvimento de energia de combustível não-fóssil em nosso país continuou inabalável”, disse Zhang.
Combustíveis não-fósseis, incluindo energia eólica, solar, nuclear e hidrelétrica, forneceram 16,6% das necessidades totais de energia da China no ano passado, acima dos 15,9% do ano anterior.
À medida que a guerra na Ucrânia abala os mercados globais de energia, levando os preços do gás natural e do carvão térmico a máximas recordes, a China enfatiza repetidamente a importância da segurança energética, levantando preocupações de que poderia retroceder nas metas climáticas.
A China pretende começar a cortar o uso de carvão a partir de 2026, com o presidente Xi Jinping dizendo em março que o país não pode simplesmente “travar os freios” no consumo.
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