Após fechar a sessão de ontem (13) no menor patamar do ano, o Ibovespa abriu o pregão de hoje (14) em queda. O principal índice da Bolsa brasileira recuava 1,66%, aos 96.276 pontos, às 10h15 (horário de Brasília), em linha com os índices futuros de Wall Street e as Bolsas europeias que caem nesta manhã.
O mercado ainda repercute os dados da inflação dos Estados Unidos. O Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 1,3% no mês passado, após avançar 1% em maio. Analistas projetavam alta de 1,1% do índice. Em 12 meses até junho, o indicador saltou para 9,1%, maior avanço desde novembro de 1981.
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Os números consolidaram as expectativas no mercado de que o banco central norte-americano aumentará sua taxa de juros em mais 0,75 ponto percentual na reunião de 26 e 27 de julho, com alguns economistas não descartando um aperto mais forte.
Mais cedo, foi divulgado que o Índice de Preços ao Produtor (PPI, em inglês) do país também avançou acima do esperado pelo mercado. De acordo com o Departamento do Trabalho, o índice subiu 1,1% em junho. Ainda nos Estados Unidos, os novos pedidos de seguro-desemprego subiram para 244 mil na semana encerrada em 9 de julho.
As Bolsas asiáticas fecharam o pregão de hoje majoritariamente em alta, com exceção de Xangai, que teve queda de 0,08% com investidores preocupados com um possível novo lockdown por conta dos novos casos de covid-19 na China.
O Shenzhen, por sua vez, avançou 0,79% no dia de hoje. Em Tóquio, o Nikkei subiu 0,62% e, em Hong Kong, o Hang Seng recuou 0,22%. O Taiex subiu 0,79% em Taiwan e, em Seul, o Kospi recuou 0,27%.
Os contratos futuros de minério de ferro caíram nesta manhã, com a referência em Cingapura negociada abaixo de US$ 100, o menor nível em oito meses, diante do aumento dos temores de que a demanda pelo ingrediente siderúrgico na China permanecerá deprimida no curto prazo.
Brasil
No cenário doméstico, a atenção se voltou ao Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br). De acordo com dados do Banco Central, o indicador apresentou queda de 0,11% em maio.
O resultado é o segundo seguido no vermelho, mas mostra uma contração mais fraca do que a de 0,64% de abril. A autoridade monetária revisou com força para baixo a leitura de abril, depois de informar anteriormente contração de 0,44%.
Além disso, a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia melhorou hoje a projeção oficial para o desempenho da atividade econômica neste ano de 1,5% para 2,0%, deixando inalterada a estimativa de alta de 2,5% para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2023.
Para a inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a previsão da equipe econômica caiu para 7,2% em 2022, contra 7,9% da projeção feita em maio. Para 2023, o patamar foi de 3,6% para 4,5%. (Com Reuters)
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