Na contramão da tendência de um mercado mais enxuto para as startups, a agtech Sima, que nasceu em Rosário, na Argentina, em 2015, e hoje está em oito países da América Latina, anunciou que a ordem é contratar, visando sua expansão no Brasil e o desenvolvimento de novos modelos de negócios
A agtech acaba de encerrar uma rodada de investimentos de US$ 2 milhões (R$ 10,7 milhões) que serão utilizados também para fortalecer sua posição no México.
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“Isso representa um feito muito importante no atual contexto do mercado de inovação mundial”, disse Andres Yerkovich, CEO da agtech e um dos fundadores, juntamente com Geronimo Oliva, Agustín Rocha, Mauricio Varela e Pablo Etchanchu. A Sima oferece uma plataforma para monitorar, controlar e analisar dados de lavouras. Atualmente são 5 milhões de hectares monitorados entre usuários pagos.
Os investidores incluem fundos como Xperiment Ventures, que liderou a rodada, Sancor Seguros Ventures, VX Ventures e Bridge Partners, entre outros. A Xperiment Ventures, por exemplo, é um fundo agtech que traz conhecimento e experiência em escalabilidade de produtos e tecnologia, além de uma compreensão profunda do ecossistema agro. “Por outra parte, a Sancor Seguros Ventures vem para ajudar no desenvolvimento de um modelo de negócios pensado em reduzir o risco dos produtores rurais, enquanto VX Ventures será o partner estratégico para modelos de negócios focados em produção sustentável, tanto no Brasil como na Argentina. Bridge Partners está sendo um player estratégico no softlanding no México”, diz Yerkovich.
A agtech, que hoje tem 30 colaboradores, planeja dobrar esse número até dezembro. “Queremos replicar o sucesso da agtech na Argentina, onde somos o principal fornecedor de agricultura digital” disse Yerkovich. Atualmente, a Sima monitora cerca de 10% da área produtiva total da Argentina. Para o ciclo 2021/22, a superfície agrícola projetada para cultivo no país foi de 38,7 milhões de hectares.
Em busca dos algoritmos
A agtech deu seus primeiros passos em 2013, quando Oliva e Varela, na época estudantes de agronomia, realizaram um projeto de monitoramento de pragas. Yerkovich, engenheiro em informática, se juntou a eles para tirar o projeto do papel. Um ano depois, Rocha, que também é agrônomo, e Pablo Etchanchu, na informática, reforçaram o time que deu origem à agtech.
Atualmente, a Sima, juntamente com a Universidade de Maryland, dentro do projeto NASA Harvest, está trabalhando na otimização de algoritmos que permitam estimar a produtividade das culturas alguns meses antes de serem colhidas, com mais de um 80% de eficácia. A agtech também trabalha em conjunto com grandes empresas, entre elas a Bayer. Por exemplo, em uma rede de monitoramento da principal praga de milho neste momento: a cigarrinha. A cigarrinha-do-milho é considerada uma das mais severas pragas na América Latina, nos dias atuais . No Brasil, a praga vem atacando as lavouras há cerca de oito safras e pode levar a perdas de 100% do cultivo.
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