O Banco da Inglaterra (BoE) manteve seus aumentos graduais nas taxas de juros do país nesta quinta-feira, enquanto outros bancos centrais tomaram ações mais urgentes, mas se mostrou pronto para agir “com força” se necessário para encerrar os perigos representados pela inflação, que agora deve superar os 11%.
Um dia após o Federal Reserve dos EUA realizar o maior aumento na taxa de juros desde 1994, com uma alta de 75 pontos base, o BoE aumentou sua taxa em outros 25 pontos base, mesmo com o alerta de que a economia britânica deve encolher no trimestre entre abril e junho.
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O Comitê de Política Monetária aprovou com votação de 6 a 3 o aumento para 1,25%, a mesma decisão tomada em maio, com a minoria votando por um aumento de 50 pontos base.
A taxa britânica de referência está agora no maior patamar desde janeiro de 2009, quando os custos de empréstimo foram cortados com a crise financeira global. Foi a quinta vez em que o BoE aumentou as taxas desde dezembro, quando se tornou o primeiro grande banco central a apertar as políticas monetárias após a pandemia de Covid-19.
No entanto, alguns críticos dizem que o banco inglês age muito vagarosamente para evitar que a alta na inflação fique embutida em pagamentos e expectativas inflacionárias, prejudicando a economia no longo prazo.
“A escala, ritmo, e o timing de aumentos adicionais na taxa de juros irão refletir a avaliação do Comitê sobre as perspectivas econômicas e pressões inflacionárias”, afirmou o BoE.
“O Comitê estará especialmente alerta em relação a indicações de pressões inflacionárias mais persistentes, e irá, se necessário, agir com força em resposta.”
A libra caiu mais de um centavo em relação ao dólar antes de recuperar suas perdas enquanto os títulos do governo britânico dispararam.
Investidores apostam em uma chance de mais de 60% de uma alta de 50 pontos base na próxima reunião do BoE, marcada para o dia 4 de agosto, embora economistas estejam debatendo se a nova linguagem do BoE realmente tende a ações mais agressivas nos próximos meses.
O JP Morgan disse que a linha do BoE em agir com força abre as portas para maiores aumentos na taxa.
“Estamos projetando uma alta de 50 pontos base para agosto em antecipação, e o BoE não vai receber notícias melhores sobre a persistência da inflação em breve”, disse o economista do JPMorgan Allan Monks.
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