O que faz uma culturetech?

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Bernardo Coelho/Reprodução

Felipe Hotz, fundador e CEO da Comunica.In

Com um aporte de R$ 10 milhões recebido no final de 2021, a Comunica.in está expandindo sua atuação e se posicionando como uma culturetech. Fundada no ano de 2018, a startup possui cerca de 300 mil colaboradores dos 50 clientes para os quais prestam serviços, e a meta para o ano de 2022 é chegar a 120 clientes e 500 mil colaboradores oferecendo gestão da cultura organizacional.

Quando a startup foi criada em 2018, Felipe Hotz, fundador e CEO, acompanhava as novas tendências em gestão de pessoas e mensuração nas estratégias de comunicação interna, o que gerou uma política interna de valores que a startup utiliza como parâmetro. “O tema cultura não é novo. Porém, nos últimos tempos, esse tem sido um dos principais desafios dos negócios. Uma área com tanta importância precisa ter indicadores que embasam a tomada de decisão, possibilitam análises e orientam planos estratégicos. Por isso falamos em gestão da cultura, e ela só acontece quando conseguimos traduzir a realidade em comportamentos tangíveis”, diz Felipe.  

CultureTech

Como explica Camila Maistrovicz, head de comunicação do Comunica.In, o termo culturetech surgiu devido a falta de familiaridade com as categorias que já existiam no mercado, um exemplo seriam as HRTechs. Sendo assim, a Comunica.in que na época estava em expansão, mudou de categoria e se classificou como uma empresa que oferece soluções tecnológicas voltadas para a gestão de cultura.

Após se aprofundar e analisar diversos comportamentos das principais empresas de sucesso do mercado, a startup adotou uma metodologia chamada Níveis de Conexão, que envolve tecnologia de maneira estratégica, estruturada e mensurável e representa o vínculo entre empresa e colaboradores. Com este método, a Comunica.In organiza suas soluções em três níveis de módulos: Comunicar, Escutar e Encantar. Que podem ser implantados separadamente, conforme a maturidade da cultura.

O módulo Comunicar é o primeiro passo para a construção de uma cultura organizacional forte. A proposta é ajudar as empresas a resolver problemas de fluidez da comunicação e acesso à informação, sendo o nível essencial a ser conquistado. Em seguida, vem o módulo Escutar, a premissa é fomentar um diálogo com o público interno, ouvindo o que os colaboradores têm a dizer. Tudo isso, dentro de uma mesma plataforma, sem precisar de soluções complementares. E por último, tem o módulo Encantar, que tem como objetivo surpreender as pessoas com interações individualizadas, enviadas de maneira automatizada em momentos decisivos da trajetória do colaborador. 

A plataforma pretende continuar com as soluções de edição, mensuração e planejamento, além do app, que funciona como um Hub de serviços, agregando informações e sistemas úteis aos funcionários de uma empresa.

A pandemia contribuiu para um novo modelo de cultura que fortalece os negócios dentro das empresas, que tem sido a principal causa de movimentos como “A Grande Resignação”. Um estudo do MIT apontou que culturas tóxicas são 10 vezes mais importantes que remuneração para o turnover. Sem contar o impacto em outros desafios, como colaboração, inovação, engajamento, entre outros. Segundo a Pesquisa de Tendências e Gestão de Pessoas do Great Place To Work, cultura é uma das principais prioridades das empresas para gestão de pessoas em 2022.

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